Minhas queridas choranas, demorou, mas finalmente sentei para compartilhar esta história, que confesso ainda ficar na minha cabeça. Não pelo o que o traste, vulgo ator de novela mexicana, que aqui nomeei Carlos Alberto, me fez, é uma dessas tramas de novela das oito, que todo mundo sabe ou já viveu. Me é recorrente porque sempre me questiono se agi da forma correta comigo. Libriana, confesso que fiquei super em dúvida com qual história começar. Porém, como Julieta que ainda espera por um final feliz, estreio neste blog com esta história meio indigesta. Acredito que o pior na maioria das vezes, não é o que estes conquistadores baratos inveterados fazem conosco, mas sim como nós mesmas nos colocamos em enrascadas e armadilhas. O tal lance de não ver e ouvir o sinal vermelho, ou o maldito dedo torto, que minhas colegas vêm descrevendo tão bem aqui, tem tudo haver com isto. É a maior sabotagem! Vamos a Trama.
Eu sempre paquerei o Carlos Alberto. O cara é puro charme, puro creme do milho verde. Nos encontrávamos de vez em quando na citilândia nos períodos de férias e já saímos em turma algumas vezes. Os olhares sempre se cruzavam, um papo bacana mas... nada. Como uma legítima Julieta, parto pouco para o ataque, sempre espero o Romeu, bater na porta da minha sacada. Um dia me informando, descobri que o rapaz namorava a oito anos e que se eu quisesse rolava, era tudo uma questão de investimento. Opa, opa, olha o primeiro sinal vermelho aí! Namorava a 8 anos, mas dava mole e ainda pegava geral? Hum...
Claro que eu sartei de banda e nem fui atrás. Porém um belo dia, dei uma checada no meu finado orkut e...status do relacionamento: solteiro. Bom, nem vou contar a parte da conquista porque estava escrito nas estrelas, nós íamos ficar. E assim foi. A química foi incrível! Coisa rara, assim de primeira, sacam?
Estava tudo lindo, tudo azul...quando num desses feriados, que o povo que mora fora volta pra citylandia, sabem? Combinamos de nos encontrar numa balada da city. Sussurros ao pé do ouvido a parte, percebi que o cara não parava do meu lado. Até que uma hora na pixxxta de dança o cara "abriu o jogo": - Ah gata! (aff, este é o palavreado mais CAFA na face da terra) é que hoje tô afim de ficar sozinho!
Meu, minha cabeça deu um nó! Estava tudo fluindo como rio com corredeiras, no dia anterior tivemos uma noite super legal, ele me convidou pra sair na balada, lá elogios ao pé do ouvido e....depois tá afim de ficar só na balada? Vai caçar coquinho na descida. No entanto, como prezo pela liberdade sempre, compreendi e me afastei. O que que aconteceu? Guess what, guess what? Carlos Alberto, que a este ponto já havia virado ator de novela paraguaia, "catou" uma mina na minha frente!!!!! FDP! Fiquei pistache.
Depois disso tiveram e-mails de arrependimento, desculpas esfarrapadas e confidências de um "ser" confuso. Mas Carlos Alberto era uma deceção. Ficamos algumas vezes a mais sim...era difícil de abrir mão do galã, mesmo desconfiando que ele também ficava com a tal outra mina hehehehehe. Essa é a grande artimanha destes galãs latinos, os caras conseguem nos ludibriar de uma tal forma, que mesmo sabendo que você não é, fazem nos sentir únicas. Confesso que até que passei meio ilesa dessa novela, aproveitei do cara também até aonde eu quis e foi bom pra mim. Mas não é gostoso desrespeitar-se e ser desrespeitada dessa forma. No fim de tudo, me restou aquela dúvida: porque ir em frente quando lá no fundo você ouve: Vai dar merda Matias! Será o sentimento sartreano da queda? O apego por aquele romantismo de séculos atrás? Existe uma Julieta sofredora em cada uma de nós?