segunda-feira, 21 de março de 2011

Quando a esmola é demais...

Desconfiem, claro!

Algumas amigas minhas (que tem namorado ou são casadas, claro) costumam dizer que eu sou muito ranzinza e utilizo de recursos de autossabotagem para afastar pretendentes a predendentes. Eu vejo tudo isso como uma bela forma de tentarem me mostrar que um dia eu desencalho. Mas o fato é que, como vocês, a lista de desastres tragicômicos é tão extensa, que procuro rir dos episódios e achar tudo uma grande piada.

Mas um dia, conheci um Mouço que me fez acreditar na vida cor de rosa novamente.

Era uma balada não muito famosa por ter pessoas interessantes, mas o indivíduo me chamo a atenção. Moreno, gatinho, veio conversar... papo bom.

Perfil: 30 anos, solteiro, educado, não-gosta-de-sertanejo, curte mpb, recém-chegado à cidade vizinha à minha, concursado e com um belo emprego público

.

Não sei porque nesse momento esqueci de toda minha desesperança, nenhuma luz vermelha piscou, nada me mostrou que um cara gato+simpático+bom partido poderia ser uma barca furada.

Beijei o rapaz na balada. Ele me levou até meu carro, abriu a porta pra mim, pegou meu celular. Um fofo. No dia seguinte, mandou mensagem e eu fiquei com aquele sorrisão de trouxa apaixonadinha.

Ficamos trocando mensagens, ligações e combinamos de nos encontrar. (tinham passado umas 2 ou 3 semanas).

Fui para a cidade dele, onde ficaria na casa de uma amiga e, como combinado, ao chegar, liguei... e nada de ele me atender. Pra encurtar conversa, na sexta o rapaz não apareceu. Mas no sábado combinamos de nos encontrar. Ele foi me buscar na casa de minha amiga, fomos pra um bar e depois pra casa dele "conversar mais à vontade".

Ficamos no maior pega, voa blusa pra cá, calça pra lá... e na hora q a coisa tava ficando boa, fué, fué, fué... já tinha ido: o rapazote gozou antes mesmo de iniciar o coito, vamos assim dizer.

Pensa que ficou um clima chato? Alguma explicação? Nada!!! Ele não disse nada, eu fiquei com aquele sorriso amarelo e fomos dormir.

Como eu não tinha me dado por vencida, de manhã houve uma nova tentativa e até q rolou legal.

Continuamos a nos falar e combinamos outro encontro alguns dias após.

A programação foi basicamente a mesma: busca na casa da amiga-leva para um bar-leva pra casa. Mas esse dia a coisa estava diferente!!! E começa a pegação: voa blusa pra cá, calça pra lá... e ele solta um "nossa, hoje eu to um menino".

"Uau! Hoje a coisa vai!!!", pensei.

Doce ilusão: mais uma vez, a coisa já tinha ido e novamente, pronto, o "menino" já tinha gozado.

A tal frase "to um menino", na verdade era um comunicado (oi?), do tipo: já acabei!

Aí bateu a indignação. Vesti a roupinha e pedi: me leva pra casa da fulana.

Ele ainda insistiu para eu ficar, para irmos tomar café da manhã juntos no dia seguinte. AAAAh! Faça-me o favor! Uma vez, a gente até compreende. Mas duas seguidas, sem sinal algum de estranhamento ou que estava sentindo "vergoinha", sequer. Não dá!
Alguém aí chorou por mim???

Então fica o aviso: ao encontrar um gato solteiro na praça, simpático e bem sucedido. Desconfiem!

Nenhum comentário: