quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Preparação para eu me apaixonar

Confesso que ando com preguiça de escrever de mim... acho que estou me revendo sem querer me expor, ou me ver de outro ângulo; ando querendo me ver só de dentro de mim.
Enfim, por isso tenho preferido compartilhar coisas que acho legal para o blog ou que eu tenha lido pra mim.
Descobri o Carpinejar recentemente, desculpem meu atraso... e comprei o livro 'O amor esquece de começar'. Primeiro que eu já fiquei lisonjeada que a Martha Medeiros é quem comenta nas orelhas da capa, daí fiquei ainda mais contente com a minha aquisição.
A primeira crônica que me chamou a atenção pelo nome é 'Medo de se apaixonar'.
É ela que  trago aqui.


MEDO DE SE APAIXONAR

Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Medo de não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse liquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve.
Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que havia desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que a criou para aquecer suas mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar.
Você tem medo de se apaixonar e não prever o que poderá sumir, o que poderá desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer – talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprescindível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue.
Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio; afinal, você e o tédio, enfim, se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira reparti-lo com mais ninguém, nem com o passado dele. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que as suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar, mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser altruísta, aniquilada, devastada, e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender a atenção dele. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de falta as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha.
Você tem medo de já estar apaixonada.
Fabrício Carpinejar

sábado, 30 de julho de 2011

O MEL DA VINGANÇA

Já faz algum tempo que a minha amiga do outro lado do mundo (que todo final de semana "vai" escrever o post sobre o causo que foi a gota d´água para criação deste blog) fica me infernizando para eu escrever a continuação da história do Mr. P.A., aquele campeão do post "Profissão: Otário", lembram?!!
  
Depois de parabenizá-lo pelo feito e excluir todos seus números de telefone, tomei um porre, fiquei relembrando nossos momentos, toda química E física que nós tínhamos e não resisti... mandei outro e-mail: "As vezes te odeio por quase um minuto, depois TE QUERO mais!"

EU SEI, EU SEI!!! Me falta a famosa vergonha na cara!!!! Ah, gente, mas é tãããããããoooooo difícil encontrar encontrar um mocinho GATO que saiba transar gostoso... e além disso, Mr. P.A. não é só um corpinho, eu tenho muito apego nele, se é que vocês me entendem! Me dêem um desconto, vai!

Também tem mais, todo cafa, por mais cafa que seja, sabe quando ultrapassa a linha vermelha. Por isso, mesmo que movido por uma culpa fajuta, Mr. P.A. se esforçou para garantir a redenção! E valeu a pena, viu?!!! O rapaz conseguiu se superar! Benzadeus!!!!

E eu, como qualquer mulher bem comida (que horror escrever isso!!!), "esqueci" os infortúnios do caminho e fui levando essa vida de ver o Mr. P.A. de quando em vez!

A vida e as peças que ela nos prega sem aviso, de qualquer jeito, botaram então no meu caminho o Mr. FilhoúnicodemãeBRUXAsolteira. Hoje, pensando, eu até acho que namorar o Mr. Filhoúnico foi mais um ato de desespero, mas, na época, no calor da carência, eu podia jurar que estava apaixonada por ele!

Muito se diz do sexto sentido feminino, mas eu tenho cá para mim que os homens também tem uma percepção mais aguçada, do tipo: tão roubando meu gado! Mr. P.A. deve ter sentido no ar a ameaça e virou uma sarna. Queria me ver de toda maneira!

Eu, tomada pelo lado "menina de família", resisti bravamente. Até contei para ele que estava pseudo-apaixonada, afinal quem resiste a dar uma cutucadinha?!! O que eu não poderia imaginar era a reação do Mr. P.A.! Gente, ele me mandou um e-mail quase humano, falando como o fato de eu ter sido flechada pelo cupido havia lhe sensibilizado, vulnerabilizado e causado grande saudosismo! Ah, quase que meu pobre ego que vive no pé não aguentou!!!!

Mas o Mr. P.A. não se contentou só com isso, continuou insistindo para sair comigo e, como vocês já devem ter notado, o material aqui está longe de ser de ferro. Concordei em encontrá-lo!

Mr. P.A., devido à compromissos profissionais, marcou de me encontrar do outro lado da cidade, onde, segundo ele, um amigo o deixaria para eu pegá-lo. Mas mais uma vez o destino interveio! No dia do crime Mr. Filhoúnico, meu namorado, apareceu em casa, sem mais nem menos, no meio tarde, todo amoroso e me chamou para dar uma escapadela com ele! Agora digam, eles têm ou não têm sexto sentido?!!

A culpa bateu muuuuuuuuuuito forte! Não tinha como eu dispensar meu pseudo-amor-todo-fofo para sair com o outro... e foi nessa hora que eu senti o mel da vingança!

Eu tenho algumas reservas em me classificar como uma pessoa vingativa, prefiro me ver como uma pessoa paciente, muuuuuuuuuito paciente! Minha filosofia de vida é deixar o mundão rodar, porque com a precisão de que 1+1=2  e de que dor de barriga não dá uma vez só na vida, sua hora vai chegar!!!!

Até passou pela minha cabeça ligar ou mandar uma mensagem para Mr. P.A., explicando que o esquema havia miado, mas ele lá teve essa consideração comigo?!!! Não mandei nada! E, para falar bem a verdade, sai com o amore e em certo ponto cheguei até a esquecer do compromisso com Mr. P.A.! Só lá pelas tantas foi impossível conter o sorrizinho quando imaginei ele atravessando a pé a cidade inteira para chegar à casa dele!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Homens... Por Vinícius de Moraes


Sem tempo e paciência para explicitar minhas peripécias, compartilho um texto do Vinícius de Moraes que cabe nas nossas experiências humanas com os ditos cujos HOMENS....
Sei que Vinicius já falou bostas sobre nós mulheres... como por exemplo "As feias que me desculpem, mas a beleza é fundamental", mas é consenso também que ele sabia escrever muito bem!!!!
HOMENS, SEGUNDO VINÍCIUS DE MORAIS
Os Homens.
Os homens bons, são feios.
Os homens bonitos, não são bons.
Os homens bonitos e bons, são gays.
Os homens bonitos, bons e heterossexuais, estão casados.
Os homens que não são bonitos, mas são bons, não têm dinheiro.
Os homens que não são bonitos, mas que são bons e com dinheiro, pensam que só estamos atrás de seu dinheiro.
Os homens bonitos, que não são bons e são heterossexuais, não acham que somos suficientemente bonitas...
Os homens que nos acham bonitas, que são heterossexuais, bons e têm dinheiro,
são covardes.
Os homens que são bonitos, bons, têm dinheiro e graças a Deus são heterossexuais, são tímidos e  NUNCA DÃO O
PRIMEIRO PASSO!
Os homens que nunca dão o primeiro passo, automaticamente perdem o interesse em nós quando tomamos a iniciativa.
AGORA...
QUEM NESSE MUNDO ENTENDE OS HOMENS?
Moral da História:
" Homens são como um bom vinho. Todos começam como uvas, e
é dever da mulher pisoteá-los e mantê-los no escuro até
que amadureçam e se tornem uma boa companhia pro jantar "

'Mulheres existem para serem amadas, não para serem
entendidas.'
Vinicius de Morais

Agora me digam choronas... o que nos resta????

domingo, 17 de julho de 2011

Sobre Otários e Sem-noção.

Paulista, amante do sol e do samba, recém-chegada no Rio de Janeiro, fui com uma amiga curtir o Democráticos. Conheci o Otário, que, por coincidência, fazia parte do mesmo Grupo que eu. Tremenda falta de criatividade da vida, mas na hora pareceu presente do destino. Ele dançava gostoso, peguei, abusei e seguimos nos falando.

O Otário era legal, jamais tocou no assunto de compromissos, mas ficou sendo "o cara da vez". Logo, as minhas amigas do cotidiano sabiam da existência dele.

Numa noite qualquer, saí da aula e fui encontrar minha amiga Sem-Noção pra um chope na Lapa. Quando eu cheguei, ela já me esperava com mais duas amigas dela, todas as três muito indignadas, chamando o Otário de cretino-filho-da-puta pra baixo. Isso porque as duas meninas que estavam no carro com a Sem-Noção moravam juntas e nessa casa havia um terceiro elemento, amiga delas: a namorada do Otário.

Pronto, não existia possibilidade de "por favor, não conta pra ninguém". NOT. As meninas estavam sangue no zóio. O circo já estava armado e a mim só cabia esperar pelo espetáculo.

Mas não demorou um dia: gente, esse Otário ficou puto, putíssimo da vida. Obviamente.

Eu, pessoa consciente que sou, mandei um e-mail explicando exatamente como a situação tinha fugido do meu controle e pedindo desculpas pelo acontecido. Ele respondeu puuuuuuto, jurando vingança. Vingou:

O CRETINO-FILHO-DA-PUTA mandou um e-mail para o nosso grupo de trabalho de 40 pessoas espalhadas pelo Brasil: "Comentar para várias outras pessoas sobre experiências sexuais com terceiros é algo vil e digno de pena, ainda mais quando feito como parte de uma vingança por ter sido rejeitada por essa pessoa" (Oi?). Há algum tempo havia uma certa suspeita de que nossas mensagens e discussões estivessem sendo repassadas para a direçao (Oi?). (...) Levanto a possibilidade de que uma pessoa assim seria capaz de tal atitude. (...) Por isso, aviso a todos para tomarem precauções com relação a uma determinada pessoa que faz parte desta lista. Seu nome é..." e pá!, tascou meu nome.

Simplesmente pirei.

Devo ter passado umas três horas gritando em frente ao computador. Eu estava online de casa no momento em que o e-mail dele chegou no do Grupo: eram 17:02. Só tive sangue frio pra tomar uma atitude às 00:36. Seis horas de urros e urros do mais puro ódio!

Passado o surto psicótico, retomei a lady que há em mim: "Caros amigos, sinto muito por vocês. É realmente lamentável que assuntos privados sejam tratados em espaços públicos. Quanto às acusações, limito-me a comentá-las por meio das medidas judiciais cabíveis".

Mas HÁ! Esse mundo dá voltas, minha gente. E, nesse caso, nem demorou: bastaram três meses pra chegar um e-mail intitulado "Trégua": "Eu gostaria de enterrar o passado, se quiser me encontrar para tomarmos um chope e conversarmos, o número do meu celular é tal". Oi? Aff...Nem respondi!

Passaram-se mais uns meses: "Escuta, nos encontraremos periodicamente, vai ficar esse clima? Passado é passado". Desta vez, respondi: "A partir de agora seu endereço eletrônico está bloqueado da minha caixa de entrada". Mas não bloqueei, porque os layouts da web não são tão auto-explicativos como deveriam e acabou passando.

Mudei pra São Paulo e, de tempos em tempos, algum e-mail dele chegava, mas nunca eram respondidos. Porque, afinal, ele está bloqueado. (Partiu!)

Até o dia em que o Grupo foi convocado pra uma reunião em Brasília. Éramos vários, de várias partes do Brasil, mas nos víamos com pouca frequência, então marcamos um chope de que-bom-ver-você, à noite, no bar do hotel. Fatal: eu teria de enfrentar essa parada no cara-a-cara.

Ainda não tinha bolado uma estratégia e estava sem pressa nenhuma. Peguei o celular, o cigarro, e fui pra varanda do quarto. Dei um alô pra mamãe, encostei a porta pra não entrar fumaça, espaireci em um cigarro e, na hora de voltar pro quarto e descer pro bar, me dei conta de que estava presa na varanda, graças a uma porta burra que só abre por dentro. Foi quase uma hora até ser resgatada.

Sento no bar, a Desavisada, recém-chegada no Grupo: "Tem um carioca procurando por você, parece que ele quer muito te ver. Ele saiu, disse que falava com você depois". Meu, vocês estão entendendo? Ele me procurou!!! Pronunciou o meu nome para as pessoas!!! Referiu-se à minha pessoa!!! Moleque-atrevido-idiota-cretino-filho-da-puta! Que parte do NÃO ele não entendeu? Pirei.

No dia seguinte, cheguei pro café-da-manhã, o Otário parado na porta do restaurante, como se tivesse marcado encontro e esperasse esse alguém. Eu, no caso. Mas só passei, linda e placidamente. Nem vi. Nem olhei. (Tinha alguém ali?).
Depois dessa, ele nem tentou mais chegar perto de mim o restante do tempo.

OK. Eu desenhei, ele entendeu, mas não apreendeu: adivinhem quem me solicitou amizade no Facebook esses dias? Meu, NOT!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

VISITANDO A TERRA DO NUNCA

Antes de mais nada, acho adequado justificar minha ausência afinal, alguma otimista incorrigível pode pensar que eu finalmente tomei jeito e abandonei minha existência bizarra. Não-não-não, podem ficar tranquilas, longe disso! A verdade é que estou em crise, em váááárias crises!!!!!

Minhas crises derivam basicamente de uma "crise mor", a crise dos 30! Que sofrimento... desde que minha amiga do outro lado do mundo fez 29 anos (e olha que ela é UM ANO mais velha que eu!), eu vivo angustiada com a possibilidade mórbida de não pertencer mais ao seleto grupo dos 20 e poucos anos. Entendam, a Severina de 12 anos tinha ideias e espectativas sobre os 30 que a Severina de 29 anos e alguns meses não consegue superar!

O que aconteceu com a carreira brilhante, viagens ao exterior, maridão bem sucedido, casa com cerquinha branca e os três filhos?!! Onde, nesses 18 anos que separam os 12 dos 30, eu me perdi?!! Porque não consegui realizar NENHUMA dessas coisas que pareciam tão simples?!!! E a pergunta mais aterrorizante: Será que ainda dá tempo?!!!

O pior é que a crise dos 30 não vem sozinha, ela vem agravada por elementos de ordem física: cabelos brancos, rugas, olheiras, falta de flexibilidade, estrias, celulite, flacidez, manchas de sol, joanetes, gastrite... Cheguei à conclusão que habito um corpo estranho, um corpo que não é o meu!

E, em meio a todo este turbilhão de sentimentos e estranhamento, como é possível identificar o que é opção e o que é desespero??? Eu, como bom ser humano movido pela negação, tendo a querer acreditar que simplesmente faço péssimas escolhas, mas é chegado o momento de admitir que ultimamente tenho sido movida única e exclusivamente pelo desespero, o que me levou ao meu último affair: Mr. Peterpan!

Não sei nem por onde começar... Sabem aquele cara de idade que não cresceu e de quem TODO MUNDO fala mau?!! Folgado, se acha, meia bomba, louco (leia-se: chegado à qualquer tipo de entorpecentes), mulherengo... e por aí vai!

Mas... né?!!! Eu sempre acho que sou muito legal e que comigo vai ser diferente! Conhecem aquela ilusão feminina absurda e irritante de que é possível transformar um sapo em príncipe encantado?!!! Pois é, eu a conheço intimamente!!!

Além disso, vocês já repararam como os homens se transformam no decorrer de um relacionamento?!!! E eu não estou falando em namoro não! Tem ficantes que lá pelo quarto encontro eu simplesmente não consigo mais reconhecer, tamanha a mudança de comportamento.

Mr. Peterpan não foi exceção! À princípio, ligava, me dava super atenção, perguntava sobre o meu dia, me levou para ver a lua, conversou sobre a infância, os medos, as angustias, era carinhoso, interessado... enfim, fez esta criatura carente e desesperada que lhes escreve se sentir o centro do seu universo paralelo! E então, sem mais nem menos, fui apresentada ao lado sapo cururu de que todo mundo falava!

Em pouco mais de três meses de "relacionamento" Mr. Peterpan aprontou de um tudo e de maneira tão cara de pau que eu ria da história sem digerir, simplesmente engolia, que nem comprimido!

A primeira "peripécia" foi em um sabádo que ele ficou de me encontrar no barzinho e... naaaaaaada! Que ódio!!! No manual masculino de como irritar uma mulher deve ter: "Dica 1) diga que vai encontrá-la e a deixe no vácuo. Se possível, não atenda o celular se ela, inconformada, insistir em ligar para saber o que aconteceu!"

Eu achava que nada no mundo podia me deixar mais puta, mas eu sou muito mirim!!! Precisei conhecer o Mr. Peterpan para ele me ensinar que em matéria de cometer atrocidades contra as mulheres o céu é o limite!!!! Dando volta de carro eu não esbarro com ele dando voltinha com outra?!!! Querem saber o que ele fez, né?! Se ele se desesperou, fingiu que não me viu ou tentou se esconder... Não! Ele me abanou a mão!!! E eu fiquei rindo e pensando: "Que mundo civilizado o de hoje em dia!"

Outro dia ele me pediu para levá-lo ao pronto socorro, estava passando mau. Eu levei, mas para evitar aparições públicas (afinal um pouco de amor próprio eu tenho!), falei que ele podia me ligar quando acabasse. Ele não se fez de rogado, umas duas horas depois ele ligou para eu ir buscá-lo. Disse que estava com vontade de comer pizza, parei na pizzaria para ele pedir a pizza! Estranhei ele nem perguntar de que pizza eu gostava, mas eu tinha acabado de comer... Falou então que queria tomar sorvete de groselha, parei na sorveteria! Ele voltou com uma sacola de sorvete de groselha e, acreditem, até me ofereceu um! Parei, então, em frente a casa dele e ele, muito educado, falou "obrigado" e desceu!

Gente, eu juro que senti o sangue escorrer dos meus olhos!!! Poucas vezes tive tanta vontade de bater em alguém!!! Cuspi: "Você é muito folgado! Então agora eu sou sua motorista?!!!" Ele: "Ah, o que foi?!! Como assim motorista???" Eu: "Vai, melhor você descer! Não posso ser vista com você!" Ele: "Me fala quanto é a corrida então!" Eu: "Essa é por conta da casa!" e fui embora jurando nunca mais olhar para cara dele. Mas Mr. Peterpan é gato escaldado, na madrugada e durante todo o outro dia ele ficou mandando mensagem e ligando para se desculpar.

É interessante, porque uma das coisas que eu pude observar no comportamento do Mr. Peterpan é que ele trabalha na base de experiências de tentativa e acerto. Tipo, o que eu já usei com outra mulher em uma situação parecida e deu certo?!! E isso é muito bizarro por dois motivos: 1) dá certo!, 2) inegavelmente, somos nós que criamos esses monstros, pois sempre reforçamos esses comportamentos inaceitáveis!

Mr. Peterpan, no final das contas, foi de grande valia para os meus treinos! É, porque eu decidi que atos de desespero tem que, no mínimo, ter uma função educacional! Não é só chutar o balde e ficar com ressaca moral não! Eu tenho que treinar!!!! Tenho que aprender o que funciona com os merdas para que um dia eu possa usar com um homem de verdade! Mas essa é outra viagem!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Blog do meu alter ego

To muito comovida com esse blog:
http://adoravelpsicose.blogspot.com/
Essa dona traduz todas minhas teorias com suas histórias... vale a pena conferir!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Preguiças advindas da ‘experiência’


Não por falta de causos bizarros que me assolam (aliás, têm me acontecido umas boas ultimamente!),eu tenho escolhido refletir sobre algumas coisas que realmente me dão preguiça de investir em relacionamentos. Com certeza isso é fruto de alguma(s) experiência(s) mal sucedida(s) do passado, além de, é lógico, os 30 anos e pelo menos 15 de casos de envolvimento esquisitos, tentativas, persistências, namoros, ‘peguetes’ e enroscos...
Junto com isso, ainda tem os causos das amigas e até de outras pessoas que nem conhecemos, mas que por vivenciarem fatos tão inexplicáveis, suas histórias correm nos ouvidos de nós mulheres que já estão bastante perplexas com a realidade de relacionar-se.

E o que me dá preguiça hoje em dia? Nossa! Muuuuita coisa!!!! Para vocês terem uma idéia, esses apontamentos que trago abaixo são frutos de coisas que vivenciei e/ou observei em apenas UM MÊS!!!

Entendo primeiramente que essa minha preguiça também me rende o fato de estar solteira, de não ter perspectivas de namorar, casar e ainda depois de ter filhos.... É uma opção, mas também é a falta de opções!

Gente, eu não tenho mais paciência, sei que estou sendo dura, mas não tenho conseguido aturar o RONCO! É fato! Eu tenho ficado com ranço dos caras que acabam de transar e em menos de um minuto dormem! E não obstante o cara ronca!!! Ronca Muuuito!!! Mesmo dando uns empurrões, umas chacoalhadas o cara insiste em por o pé no seu sono!!! Num dá pra querer investir num cara que ronca mesmo dormindo de lado!!!

Preguiça infinita de caras que se apressam! Contam pra família que está te pegando, e as irmãs, as primas e as tias te adicionam no facebook! Além disso, te convidam pra passar um final de semana em família! Por isso eu digo, homens: "isso não pode rolar em apenas dois finais de semana de ‘ficância’!!!"

Outra coisa que sinto falta é de homens com ‘pegada’! Acho que por causa desses lances feminista e de Lei Maria da Penha, que, diga-se de passagem, sou super a favor, mas só em casos realmente necessários, os caras tem medo de pegar! E só porque você é mais independente, é mais ‘muderrrrna’ e até defende as conquistas feministas, os caras tem medo e não te pegam de jeito! Ou é falta de pegada mesmo! Sei lá! Não sei o que move a falta de pegada, mas tenho percebido que se eu falo que sou a favor do movimento feminista os caras arregalam os olhos e parece que no mesmo momento chega uma nuvem de chuva que esfria e muda a abordagem! Parece que ficam com medo de grudar, de morder, de pegar pelo cabelo, tudo de uma maneira gostosa e carinhosa, obviamente, mas por favor mantenham a pegada, néãhn!!!!?

Também tenho preguiça que só caia uns gabirus no meu colo, e quando surge um lindo e gente boa, e que, ainda, por muita(o) sorte azar do destino me dá a maior bola me chamando pra uma carona nota Déixxx, daí você descobre no meio da balada que o cara tem namorada! Não tem de onde tirar disposição gente! Eu juro que eu brocho de pensar em pegar cara que namora! Sou intensa, me apaixono facilmente! Não posso ficar com alguém que não vou poder ligar, que não vou poder tomar uma cerveja em lugares públicos, ou que teria que disputá-lo com a namorada! Não é do meu feitio! Não consigo! Resultado: preguiça de homens lindos com altíssima potencialidade de existir paixão, mas que tem namorada! Por favor, nem xavequem!

Outra coisa chata além de estar chata, com preguiça e ainda morar sozinha, é, dentre outras coisas, não conseguir abrir uma garrafa de vinho!!!! Não sei, não sou forte, não consigo! Assim como não consigo abrir lata de palmito e afins!
Quando numa noite você quer se dar o luxo de brindar a vida consigo mesma, fumar um cigarro, ouvir uma boa música, seu humor já se acaba quando você quebra a rolha do vinho por não saber abrir uma p*#$& de uma garrafa de vinho!

Não ando tendo paciência com homens que te ligam quando bêbados e no outro dia não lembram que te pediram em casamento, e depois que dizem: "Aaaaaahhhhhhh!!! Lembro sim!", eles não se importam em manter o pedido, ou de, pelo menos, demonstrar um carinho digno de quem pede você em casamento no dia anterior!

Enfim, estou com tantas preguiças que se eu ficasse listando meu post seria gigante!!!
Mas como essas e outras preguiças estão me assolando nos últimos meses, imito a tendência da Miss Crab e tento colocar uma música (não consegui postar da outra vez!) para demonstrar o meu bom humor perante a situação!!!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Deus Grego? Meu negócio é o Primo Itt!

Olá pessoas!!! Desculpem-me pelo sumiço, mas a vida estava muito corrida de assuntos chatos e pouco dinâmica nos aspectos mais legais.


Confesso que esse blog já contribuiu muito na minha vida. Exemplifico:

Primeiro porque vi que não sou louca, nem a única bizarra do mundo... Rs.

Segundo porque percebi que minhas histórias bregas não são tantas que posso contar uma por semana. Saldo positivo: Tenho bizarrices para boa parte da vida, mas nem tanto ;)

Terceiro, porque me divirto muito com os causos dos outros!


Misses Kessy, Julieta e Crab, acho que isso que vocês postaram é um capítulo na vida de todo mundo. Fases e medos complicados, mas que contribuem para o nosso amadurecimento emocional.

Mas confesso que tive invejinha de ter conhecido um Mr. DeusGrego. Eu estou mais para Minotauros mesmo hehehe


Por falar em Minotauro (não, eu nunca beijei um touro. Ufa!), lembrei-me de uma história que envolve metades. Como assim? Assim:


Certo dia, depois de uma maratona de provas, estava eu com algumas amigas em uma cidade bem distante da minha. Fatigadas, resolvemos desafogar em uma baladinha local.

Caipirinha para cá, drinques azuis com fumacinhas para lá, uhuuuuuu, uma água para rebater e por aí vai se abrindo o portal do mundo bizarro.

Enquanto buscava mais uma bebidinha fumegante, vejo um cabelão enorme, lisinho, bem cuidado, cheio de brilho. O cabelo me atraiu. Sem controle racional dos meus movimentos, quando vi, estava puxando a cabeleira do moço.


Sim, eu sei que isso é quase como trabalhar na obra e chamar as mulheres que passam de princesa ou algo que o valha. Brega, com certeza. Mas eu fiz.


Achei por bem puxar um papinho com o Mr. Primo Itt. Descobri que seu nome composto envolvia os nomes de dois dos meus irmãos! Na hora, meu cérebro já derretido de tanto gelo seco me mandou a seguinte mensagem: é o destino!!!! Se o meu cérebro não estivesse corroído, teria me orientado a ir ao banheiro ou ir comprar cigarro e nunca mais voltar. Mas, nome composto, ainda mais com nome de irmãos, e com cabelo bacana, só podia ser um presente para me compensar pelas provas feitas nos dias anteriores.Vamos ser Marias do Bairro na balada!


Até pensei que eu pudesse estar sendo inconseqüente, mas me lembrei daquela velha máxima: “ah, nunca mais vou vê-lo mesmo”.


Acabei ficando com o Mr Primo Itt do nome composto, cujo cabelo foi por mim puxado na balada. Durante a noite, respondendo uma enquete sobre a minha vida, descobri que ele morava na mesma cidade que eu. Pior, que ele estudava no mesmo colégio que eu. O sorriso amarelou.

Se o visse novamente sóbria, sabia que teria que encarar o fato de ter puxado o cabelo dele. Mas a caipirinha azul me ajudou a ligar o botãozinho do F**a-se.


Voltei para minha cidade e procurei esquecer meu “xaveco” de obra. E a vozinha na minha cabeça: não faça mais isso porque é brega, certo? Certo!


Passaram-se uns 6 meses e eu já nem me lembrava mais do causo. Mas não puxei mais o cabelo de ninguém!

Andando pelo pátio do colégio, ouço: “Pomba! Pomba!” Olhei para trás e só tinha um moço, mas não o conhecia.

“Pomba, pomba!”. Insistia a voz. O rapazote soltou em seguida: “Não se lembra de mim? Da boate da cidade x? Cortei o cabelo.” E deu aquela risadinha para refrescar minha memória.

Queria me enfiar embaixo da terra. Dei um sorriso sem graça e saí correndo para me envergonhar em casa. Minha amiga se mijava de rir.


E por que não me lembrei da máxima “nunca diga nunca”? Porque sou pomba, não sou gente pensante. Gru gru gru


Na verdade, até que penso um pouco, porque consegui fazer uma faculdade. Aliás, era o mesmo curso que o Mr. Primo Itt. Daí eu tinha o prazer de, em todos os jogos interfaculdades, encontrar a vozinha que soava do além para me lembrar de nunca mais puxar o cabelo de ninguém na balada!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Enquete: Quem já ...

Caras amigas choronas,

Queria fazer uma enquete: quem de vocês já teve um ataque de ciúmes muito louco? Sim um surto mesmo, em que parece que você está possuída.
Do tipo, querer investigar, olhar mensagens de celular, estar sempre a postos para descobrir que foi "a traída". Uma olhada meio torta: "ah lá tá olhando pra outra!"
Isso se deve a que? Pura insegurança? Pura Loucura? Ou será porque o dito cujo não passa segurança?
Eu confesso que tive uma fase dark. Mas bem dark side mesmo. Morro de medo que aconteça de novo, porque no fim quando agia impulsivamente, depois me sentia a mosca do coco do cavalo do bandido. Para se ter idéia, nesta fase, teve uma vez que fiquei a festa inteira longe do meu ex namorado, porém vigiando só esperando para dar o bote. Aff! E lógico que apareceu alguma trouxa bêbada pra vir dar em cima dele. Eu criei esta oportunidade. Mas sempre ficou aquela dúvida..será que eu estava viajando completamente mesmo? Porque é isso que eles falam durante a fatídica briga, "você está louca"!
Será? Que loucura é essa então? O duro que quando a nossa sanidade é posta em cheque aí que agente fica mais louca mesmo....Não sei.
Se for insegurança, sei que todas nós, por mais duronas e confiantes que sejamos, temos uma pontinha desta aí...de não ser a mais bonita, a mais inteligente ou mais divertida do que aquela "amiga que ele sempre fala". Da onde vem isso? Me fala quem inventou isso e diga que eu quero ter um papo com ele lá fora! E digo ele, porque só pode ser coisa de homem. Compartilhem comigo suas experiências. Façamos uma sessão terapêutica ou de descarrego...rs.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ator de Novela mexicana

Minhas queridas choranas, demorou, mas finalmente sentei para compartilhar esta história, que confesso ainda ficar na minha cabeça. Não pelo o que o traste, vulgo ator de novela mexicana, que aqui nomeei Carlos Alberto, me fez, é uma dessas tramas de novela das oito, que todo mundo sabe ou já viveu. Me é recorrente porque sempre me questiono se agi da forma correta comigo. Libriana, confesso que fiquei super em dúvida com qual história começar. Porém, como Julieta que ainda espera por um final feliz, estreio neste blog com esta história meio indigesta. Acredito que o pior na maioria das vezes, não é o que estes conquistadores baratos inveterados fazem conosco, mas sim como nós mesmas nos colocamos em enrascadas e armadilhas. O tal lance de não ver e ouvir o sinal vermelho, ou o maldito dedo torto, que minhas colegas vêm descrevendo tão bem aqui, tem tudo haver com isto. É a maior sabotagem! Vamos a Trama.

Eu sempre paquerei o Carlos Alberto. O cara é puro charme, puro creme do milho verde. Nos encontrávamos de vez em quando na citilândia nos períodos de férias e já saímos em turma algumas vezes. Os olhares sempre se cruzavam, um papo bacana mas... nada. Como uma legítima Julieta, parto pouco para o ataque, sempre espero o Romeu, bater na porta da minha sacada. Um dia me informando, descobri que o rapaz namorava a oito anos e que se eu quisesse rolava, era tudo uma questão de investimento. Opa, opa, olha o primeiro sinal vermelho aí! Namorava a 8 anos, mas dava mole e ainda pegava geral? Hum...
Claro que eu sartei de banda e nem fui atrás. Porém um belo dia, dei uma checada no meu finado orkut e...status do relacionamento: solteiro. Bom, nem vou contar a parte da conquista porque estava escrito nas estrelas, nós íamos ficar. E assim foi. A química foi incrível! Coisa rara, assim de primeira, sacam?
Estava tudo lindo, tudo azul...quando num desses feriados, que o povo que mora fora volta pra citylandia, sabem? Combinamos de nos encontrar numa balada da city. Sussurros ao pé do ouvido a parte, percebi que o cara não parava do meu lado. Até que uma hora na pixxxta de dança o cara "abriu o jogo": - Ah gata! (aff, este é o palavreado mais CAFA na face da terra) é que hoje tô afim de ficar sozinho!
Meu, minha cabeça deu um nó! Estava tudo fluindo como rio com corredeiras, no dia anterior tivemos uma noite super legal, ele me convidou pra sair na balada, lá elogios ao pé do ouvido e....depois tá afim de ficar só na balada? Vai caçar coquinho na descida. No entanto, como prezo pela liberdade sempre, compreendi e me afastei. O que que aconteceu? Guess what, guess what? Carlos Alberto, que a este ponto já havia virado ator de novela paraguaia, "catou" uma mina na minha frente!!!!! FDP! Fiquei pistache.
Depois disso tiveram e-mails de arrependimento, desculpas esfarrapadas e confidências de um "ser" confuso. Mas Carlos Alberto era uma deceção. Ficamos algumas vezes a mais sim...era difícil de abrir mão do galã, mesmo desconfiando que ele também ficava com a tal outra mina hehehehehe. Essa é a grande artimanha destes galãs latinos, os caras conseguem nos ludibriar de uma tal forma, que mesmo sabendo que você não é, fazem nos sentir únicas. Confesso que até que passei meio ilesa dessa novela, aproveitei do cara também até aonde eu quis e foi bom pra mim. Mas não é gostoso desrespeitar-se e ser desrespeitada dessa forma. No fim de tudo, me restou aquela dúvida: porque ir em frente quando lá no fundo você ouve: Vai dar merda Matias! Será o sentimento sartreano da queda? O apego por aquele romantismo de séculos atrás? Existe uma Julieta sofredora em cada uma de nós?

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Relembrando para tentar não errar duas, ou três, ou quatro vezes

Soube de um blog que resgata falas que acha importante de alguns bons filmes. Selecionei esse aqui, Closer, no momento de uma separação... no momento em que é dolorido sair, mas é mais doloroso ficar.... gosto do final dessa conversa em que a personagem Alice diz ao Dan que é possível escolher, que há o momento de escolher! Tenho certeza que sempre podemos escolher, é aquele momento que escolhemos assumir a responsabilidade da escolha, qualquer que seja ela... Aqui não mostra, mas o Dan ainda pede que ela fique, ela pede pra ele fazer um chá e ela desaparece...

Closer

setembro 15, 2009
closer
Discussão entre Dan (Jude Law) e Alice (Natalie Portman) logo após ele terminar com ela para ficar com Anna (Julia Roberts).  Baseado na peça de Patrick Marber    Roteiro: Patrick Marber
Dan – Lamento muito.
Alice – É irrelevante. Lamenta o quê?
Dan – Tudo.
Alice – Por que não me contou antes?
Dan – Covardia.
Alice – É por ela ser bem-sucedida?
Dan – Não. É porque ela não precisa de mim.
Alice – Você trouxe ela aqui?
Dan – Sim.
Alice – Ela não se casou?
Dan – E parou de me ver.
Alice – Foi durante a nossa viagem? Para comemorar nossos 3 anos juntos? Você ligou pra ela? Implorou que voltasse? Quando ia dar seus “longos passeios sozinho”?
Dan – Sim.
Alice – Seu merda.
Dan – A decepção é algo brutal. Não vou negar.
Alice – Como? Como você consegue? Como faz isso com alguém?
Dan fica em silêncio tentando pensar em algo pra dizer.
Alice – Isso não é resposta.
Dan – Me apaixonei por ela.
Alice – Ah! Como se você não tivesse escolha. Tem um momento. Tem sempre um momento: “Posso me entregar ou posso resistir.” Não sei quando foi o seu, mas tenho certeza que existiu.

Vale a pena fuçar por lá!
Tem várias filmes que nos fazem repensar em algumas situações que passamos ou que não queremos passar na vida.... Esse post do Closer me fez lembrar como é ruim perder alguém, como é difícil ser trocada por outra pessoa, como temos que correr, desaparecer, pra tentar trazer dignidade de volta......

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Causos do frio na barriga!

Primeiramente um salve pra galera que está curtindo o nosso blog de outros cantos do mundo!!! A situação tá osso aí também??? Aparece ae!!!!

Vamos lá! Hoje recebi uma música composta pelo Lenine que se chama Miedo. Inspirada na Miss Crab também disponiblizarei o vídeo ao final do post. Foi ele que me inspirou!
Temos muitos medos né? E grande parte, pelo menos das minhas histórias, são baseadas no medo. Como já disse, fruto dessa sociedade que sou, tenho medo de ficar sozinha, medo de sentir amor, medo de ser amada, medo de ser passada pra trás, medos e mais medos!
Hoje já sentindo o peso de estar perto dos meus 30 anos e não ver nem de longe um possível amor, um companheiro que poder-se-ia virar o pai dos meus filhos e ao ver tantas choronas (que pra quem não sabe, não nos conhecemos pessoalmente a todas) numa situação parecida, me faz ter medo do que me acontecerá daqui pra frente. Medo justamente porque meu passado junto do meu cérebro (nós, pobres animais racionais) me fazem ter memórias e saber exatamente o que eu não quero mais viver.

Mesmo assim as borboletas no estômago enganam! Medrosa e chorona que já sou, receio me apaixonar por alguém a essa altura do campeonato, pois cá entre nós não tenho ânimo para o que pode ser frustrante! Mas sim, me apaixonei por uma pessoa, que embora ele não saiba, seríamos o par perfeito! Pensa num homem lindo! Pensa num cara gostoso! Pensa num cara legal! Pensa num cara inteligente! Desculpem meninas, não sei se são as borboletas ou se ele realmente é isso tudo, mas tenho pra mim que ele é quase o Mr. Perfeitinho!
Como bem disse é quase mesmo! Até porque ele não me dá bola! Já deu um dia! Quando iniciamos, mais ou menos, há um ano atrás, o Mr. DeusGrego não parava de me instigar! Medrosa, não não me abri de imediato, mas o cara tava afim de verdade. Amigas em volta diziam: o cara tá afim de você mesmo!!! Até que um belo sorri, abri meu coração, me entreguei - sem obviamente dizer nada diretamente. Mas nesse momento de deixar as borboletas entrarem no estômago e no meu ser, me fiz transparente e apareceu escrito na minha testa: OTÁRIA!
Foi nesse dia, que ao sair do elevador ele me disse uma coisa direta e inversamente diferente do que ele me dizia e/ou fazia ao ir embora nos outros encontros: Me liga!
Juro gente, murchei na hora! Sabe quando você sente?! E se sente também uma TROUXA por ter refletido tanto, ter pesado tanto e na hora H você ainda se abre?

Mas claro, que eu não me convenci tão fácil e liguei, liguei e liguei. Liguei até semana passada! Não com toda regularidade que vocês estão pensando e não sem ele também me ligar do nada as vezes. Sabe o medo de não ser lembrada?! Pois é.... eu tive! Medo de não saber o que poderia ser se a gente se assumisse, medo de deixar ele ir embora, medo de ir embora e mais uma vez ter deixado passar os potenciais ideais....

Mas, realmente, quando homem quer ele dá um jeito e te acha! Ele não faz gracinha.... só faz gracinha de vez em quando se ele quer te comer de vez em quando. Porque ele não diz coisas nas entrelinhas e nem faz joguinhos (salvo os muleques de plantão!).
Não digo que penei pelo Mr. DeusGrego, mas afirmo que ele ainda é uma nuvenzinha que teima em aparecer para ser comparado com os outros possíveis potenciais a serem desvendados.... tá foda tirar a beleza dos deuses da minha cabeça!
http://letras.terra.com.br/lenine/779454/

E pensando bem os medos aliados aos desafios de querer vencer nos movem!

domingo, 1 de maio de 2011

Uma lagrimazinha de libertação

Esse final de semana estou curtindo uma fossinha à la Adriana Calcanhoto. Faz algumas semanas que decidi romper um casinho que tem lá seus 10 anos. Entre idas e vindas, encontros, desencontros, percebi que alimentar uma história sozinha, por mais descompromissada que seja, desgasta demais, é muita auto-anulação, atrapalha nossa vida profissional e faz a gente gastar horrores em roupa.
Durante tantos anos eu acreditei que o momento de ficarmos juntos de verdade chegaria... e olha que eu esperei... Claro que outras pessoas surgiram nesse meio tempo, algumas por períodos razoáveis, outras só pra fornecer posts divertidos em um blog; mas todos desbancados por um paradigma alimentado por mim.
Muitas vezes estava feliz, pensando "agora vai", mas ele ressurgia aparentemente impulsionado por um sexto sentido masculino, oferecia o mínimo e eu voltava a ficar integralmente disponível para minha fantasia.
Fico pensando no absurdo que é projetar seu tempo em função de um outro que sequer se dá ao trabalho de pensar no que fala. Ora, se disse que vai fazer, faça! Se disse que vai ligar, ligue! Se diz que gosta, aja, no mínimo, com respeito.
Sinto saudade, todo dia é um esforço para lembrar o que me fez tomar essa atitude, refrescar na minha memória as coisas ruins que o Mr. A1 me fez passar todo esse tempo. (Aliás, preciso dedicar alguns posts a essa saga) E vou levando um dia de cada vez.
Hoje fico chateada comigo mesma por ter me sujeitado a tanta falta de respeito, por estar sempre disposta a fazer concessões, por ter aceitado um segundo papel, um sublugar. Enfim, também não vou dizer que não tivemos bons momentos, que não compartilhamos, mas sinto que eu estava nua e ele vestido.
Libertação é um processo de desintoxicação, primeiro a mente, depois o corpo e o coração, passos pequenos, desconstrução cotidiana, um ritual pra recepcionar um amor de verdade, inteiro e real.
A trilha sonora desse post

terça-feira, 26 de abril de 2011

QUEM PROCURA... ACHA!

Feriadão ultra prolongado, paquera novo, churras e festas todos os dias, expectativas lá em cima e... naaaaaaaada ocorre como o planejado! Conhecendo a mim e à minha "sorte" como eu conheço, nem dá para dizer que era algo inesperado. Afinal, toda vez que eu coloco muita pilha em cima de uma situação o caldo desanda.

Contudo, domingo à noite, na hora que o desespero bate mais forte e os instintos assassinos começam a aflorar, Deus, para calar minha boca, mostra que não se preocupa apenas com as tsunamis no Japão e manda o mocinho-(ex)famoso-da-regata-marrom sentar na minha mesa!!! Obrigada Senhor!!!! Eu estava meeeesmo precisando de algo assim!!!!

Depois disso foi até mais fácil encarar meu ex-paquera novo dando volta de carro com outra rapariga! Fui pega de surpresa??? Não fazia nem ideia do que estava acontecendo??? NÃO, NÃO, NÃO!!!! Os sinais estavam todos lá!!!! Sirene, trombeta, campainha, luz vermelha... Já tinham até me cantado a bola de quem era a menina, mas, como sempre, a teimosia falou mais alto e o apego ao caldeirão rendeu mais uma chamuscada!!!

Mas esse post não é para falar sobre Mr Doll, esse post é sobre algo mais profundo, ele tem uma espécie de missão: a missão de me convencer de que não importa o quanto eu consiga ser teimosa, quando o cara não está afim, ele simplesmente não está afim e que, por outro lado, o cara que está interessado em você arranja um jeito de te encontrar! Esse post é sobre dois guerreiros - Mr Pedreirodoisfilhos e Mr Guardinhadobanco - que, para conseguirem falar comigo, se expuseram ao ridículo e ao inimaginável!!!!

Mr Pedreirodoisfilhos, como vocês sabem, foi descartado depois de um ataque de ciúmes sem precedentes na minha história. Mas ele não saiu de cena sem antes me dar uma boa lição de civilidade!!!

Após o ocorrido, deixei o moço no maior vácuo. Não atendia o celular, não respondia as mensagens... até que aquela minha amiga do outro lado do mundo - que estava quase enlouquecendo por causa de um mocinho mudo - me induziu a dar uma satisfação para o moço. Escrevi que, "infelizmente", não ia dar mais para a gente se ver. Juro que fiquei esperando alguma tirada forte, afinal, até então, acreditava piamente que o silêncio era melhor aceito que um fora na lata. Ledo engano! Eis as palavras do Mr Pedreirodoisfilhos que eu fiz questão de manter no celular para transcrever (sic) para vocês:

"Po linda vc nao me quer è normal foi bom conhecer vc nao vou liga mais pr vc linda q vc seja feliz porque vc è legal adeus ."

QUEBROU AS MINHAS PERNAAAASSSSSS!!!!!! Gente, todo mundo tem razão quando fala que as mulheres estão se acostumando a serem mau tratadas!!! Sabe qual dos meus paqueras, namorados ou P.As teve esse tipo de consideração comigo?!!!! NENHUM00!!!!

Fiquei verdadeiramente comovida com o conteúdo das linhas tortas do Mr Doisfilhos e retribui o carinho com outra mensagem, mas homem ciumento não dá... por enquanto, pelo menos, ainda não dá!

Estou certa que o Mr Pedreirodoisfilhos além de gentil é um homem de palavra, porque o celular nunca mais tocou, até que ontem (é, o dia antes de hoje mesmo!) a moça que trabalha aqui em casa ficou, desde a hora que eu acordei, me olhando com um risinho no rosto. Na hora do almoço, papo vai, papo vem, ela solta: "É, você acha que eu não sei o que você anda aprontando?!" OI?!!! E continuou: "O Mr Pedreirodoisfilhos fez a MÃE dele pedir para IRMÃ dele, que é minha vizinha, ir lá em casa DUAS VEZES para perguntar o número do seu telefone, porque ele perdeu o celular dele!"

ALÉMDAIMAGINAÇÃO!!!!! Quase morri engasgada!!!!!

O Mr Guardinhadobanco, por sua vez, foi ainda além! História antiga, que começou na primeira fase da adolescência quando Mr Guardinhadobando ainda era um mero carregador em uma loja de móveis, um belo dia, anos depois, minha irmã chega em casa se matando de rir, falando que um dos meus paqueras tinha chamado ela de cunhada no banco e ia ligar em casa.

Eu sei que qualquer pessoa normal, com uma capivara como a minha ia pensar: fudeu!, mas eu não! Eu já falei para vocês que curto o diferente, não vejo nada de mal nesse meu gosto excêntrico, então fiquei super animada!!! Entendam, até então o fato de o moço estar no banco não significava nada para mim! Achei que era alguém que estava pagando uma conta ou sacando dinheiro!

Bom, enquanto eu torturava a irmã traira para que ela me contasse quem era o moço, meu irmão, verificando a bina, constata que alguém estava ligando para casa de um orelhão! "Agora fudeu!", pensei. Isso delimitava muito as possibilidades! Atendi o telefone e, como boa kamikaze que sou, marquei um encontro com o moço na praça! Não façam essas caras de novo... vocês ainda não perceberam que eu simplesmente não consigo deixar uma merda pela metade?!!!

Fui para o encontro sabendo que se tratava do Mr Guardinhadobanco porque, depois de muito rir, minha irmã confirmou que era ele e relatou que agora ele trabalhava no banco. Na hora que eu vi ele chegando... me deu até frio na barriga!!! Não é que eu ache ele feio, pelo contrário, ele é gordinho, loiro e de olhos azuis!!! Para o meu padrão, quase um "príncipe"! Mas não tinha nada a ver... nunca teve nada a ver!

Já que tá no inferno, ENROLA o capeta!!!! Eu não ia pegar esse moço de novo! Minha experiência ensina que, nesses casos, a pior armadilha é ficar parado porque o moço vai se aproximando, se chegando e na hora que você vê, já foi! Por isso, quando sentamos na praça e o moçoilo começou a ensaiar o bote, falei que estava com vontade de caminhar! Andamos, hein?!!! Acho que eu fiz o moço caminhar uns 2km!!! Suado e cansado, ele se despediu comportadinho!

Final de semana, vou para um barzinho, mesa lotadaça, cada hora chegava mais um, minha mãe liga no celular da minha irmã e pede para falar comigo. Ela diz que um moço já tinha ligado duas vezes em casa e no celular que eu tinha esquecido também! Que ele, muito folgado (ódios de mãe!), tinha perguntado onde eu estava e que quando ela disse que eu estava no barzinho ele disse que ia liga....... Não deu tempo de ela terminar de falar, o garçom do bar parou do meu lado com o telefone sem fio na mão e falou: "Severina, telefone para você!"

EU NÃO TINHA REAÇÃO!!!! Queria me enfiar em um buraco!!!! Na hora que eu encostei o telefone no ouvido eu não conseguia escutar uma palavra do que o Mr Guardinhadobanco falava de tanto que o pessoal ria!!! Teve um que quase caiu da cadeira! Tive que atravessar a rua para escutar o moço! Um papinho mole de como você está, o que você está fazendo... e eu só balbuciando as respostas! Que bizarrice!

É, minha gente, acho que no final das contas homens não são tão diferentes das mulheres assim... Homem quando está a fim também corre atrás! Adiciona no facebook, no msn, dá um jeito de conseguir o telefone, liga, manda mensagem, scrap, testemunho... não está nem ai para "o que pode parecer" não! Eu tento manter isso sempre em mente, mas é tão tentador "acreditar" que ele esqueceu o celular ou está muito ocupado...

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Um para esquecer o outro - Vale a pena???

Como já foi falado aqui várias vezes, mesmo que a gente queira muito, é super difícil acertar na pontaria dos relacionamentos! 
Ainda mais nessa sociedade maluca em que resolvemos nascer... onde mudar de amor, de namorado e de paquera é como mudar de roupa ou consumir novos produtos! Acho realmente que as relações também estão mercantilizadas, o que também significa, usar pessoas.... 
Sem entrar em grandes pirações, quero dizer que também sou filha dessa sociedade e que por isso 'reproduzi' coisas que não concordo, ou não concordaria que fizessem comigo, mas só percebi que estava fazendo isso meio tarde.... depois de 3 anos!

Depois de um namoro regrado a amor, mas também repleto de chifres homéricos - claro que na minha cabeça - fiquei com nojinho dos amantes de plantão. Olhava a minha volta e só via namorados amantes! Eram muito felizes, se beijavam, se paqueravam, eram parceiros.... eu olhava pra essas coisas e falava: É MENTIRA! 
Durante uns 4 meses eu tive nojo de verdade dessas pessoas! Achava tudo falso e hipócrita!
Um parênteses - Esse foi o meu segundo amor (com o Mr.P) e vale um post exclusivo! Porque vale a pena compartilhar com as Misses leitoras como os sinais vermelhos piscaram e até me deram uns tapas na cara, e, ao resistir fortemente a esses sinais, fui enganada vertiginosamente! 

Enfim, durante esse nojinho dos casais tinha um Mr. 'Miguxo' que sempre vinha me acalentar.... falava que o Mr.P não servia pra mim, que ele só me fazia sofrer, que eu precisava sair daquela situação, que haviam coisas muito melhores na vida, que eu merecia ser amada, e Blá, Blá, Blá. Isso ocorreu durante todas as semanas que tive nojinho. Até aí eu estava achando que ele queria ser meu amigo, se aproximar, besta que sou! O cara me atacou na saída do banheiro feminino! 
Achei bom, já que sofria de nojinho inclusive dos beijos e das línguas alheias! Paguei pau! Teve atitude!

Fui percebendo que aquele possível rolinho me ajudava a esquecer o Mr.P! Fui entrando no bagulho como faço de uma maneira geral na minha vida, pulando de cabeça nas merdas! Passamos a ficar freqüentemente, a trocar mensagens e ligações, passamos a nos ver de tarde, nas festas da Faculdade, e fomos assumindo a história. Hoje posso falar que na verdade eu estava atordoada! Não tinha sentimento por ele! Eu tinha a necessidade de esquecer o Mr.P e nisso o Mr. Miguxo foi fundamental!

Um dia o Mr. Miguxo resolveu parar de ficar comigo! Disse que eu ainda gostava do Mr.P e que eu voltaria com ele, assim como eu já tinha feito no passado... AHÁ! Mesmo não gostando do cara eu fui desafiada e tive a convicção que não seria passada pra trás desse jeito, e que iria trazê-lo de volta! E foi o que eu fiz! Nesse caso botei na cabeça, Não Miss Kessy!

Ao ficar com um cara na frente do Mr. Miguxo, ele, de novo, me juntou no banheiro e falou: Vamos parar com essa história e vamos namorar! Era isso que eu precisava: alguém que gostasse de mim e que me fizesse esquecer o Mr.P.!

Fiquei com o Mr. Miguxo 3 anos!!!! Pasmem! 

Eh Eh, minha gente, exatamente o tempo que demorei pra digerir a história com o Mr.P.

Hoje, depois de obviamente me auto-flagelar por ter feito isso com ele e comigo, digo que é muito tempo pra ficar com alguém que não tem nada a ver com você.... Hoje eu penso que o tempo de ficar solteira e digerir o ex não deve ser vivido com outro alguém que extrapole a relação de P.A. (Pinto Amigo - pra quem não sabe).

Ele realmente foi Miguxo, mas não passou disso! Eu confundi! E penso que me trai nesse processo. Porque foi realmente uma viagem! 'Inconscientemente' eu acabei usando alguém... me fez bem, mas o final do namoro com ele não teve explicações palpáveis! 

Penso que não podemos cair na lábia dos Miguxos por ai! Ele me fez acreditar que era um cara melhor, que era maravilhoso, e além disso me fez acreditar que eu o amava! Ele representa, mesmo pra quem não o conhece muito, o típico falador! Ele fala, fala, fala lorotas convictas por horas a fio! E aí me ludibriou! De verdade gente! Me fez acreditar que eu o amava muito! E que eu tinha muito mais do que eu merecia enquanto homem e que por isso tinha que me dar por satisfeita!

Não, não senhoritas, eu não estou me fazendo de vítima! Mas o Mr.P me atordoou num tanto (quando eu postar essa odisséia da minha vida saberão melhor do que estou falando) que eu acreditei que realmente fazia sentido ficar com o Mr.Miguxo, pois era alguém que tinha apenas 'um pouco mais de cuidado' comigo, e que eu teoricamente amava. Só um adendo, esse 'um pouco mais de cuidado' era fundamental pra mim, pois fui maltratada pelo Mr.P, durante 3 anos!!!! E realmente era só um pouco mais!

Tá vendo porque meu codinome é Miss Kessy?! Acredito e insisto em cada uma....

domingo, 17 de abril de 2011

Era uma vez um P.A.

Acho que estou levando essa história de pomba muito a sério. Essa semana, estava esperando o ônibus no ponto, eis que surge uma pombinha e estaciona ao meu lado. Normalmente elas voam se a gente se mexe ou demonstra incômodo. Essa não. Tirava os piolhos das penas e virava a cabecinha de lado, me encarando.


Talvez quisesse tirar satisfações pelo meu codinome. Expliquei mentalmente que achava interessante a relação com as cagadas humanóides, mas ela não parava de me encarar. Andei um pouco para o lado, pois me senti acuada. Ela veio atrás. Poxa, eu não fiz por mal de escolher esse apelido. Só achei pertinente.


Gru gru gru.... Tira o piolho.... Encara a avatar de pomba querendo se infiltrar na comunidade.


Tive nojo de ela voar em mim e me contaminar com essas doenças de pombo. Medo de pomba no ponto de ônibus, era o que me faltava.


Ufa, chegou meu ônibus. Entrei mais do que depressa e olhei para trás. A pombinha começou a dar seus passinhos na direção da porta, mas por sorte o motorista estava do meu lado e fomos embora rápido.

Só um sapo boi meu causou tanto incômodo com um olhar. E agora a pomba.


E não estou mentindo, ela me seguiu.


Bom, já que estamos no assunto animal, lembrei de um P.A. que já passou pela minha vidinha. Era um bom P.A. Era divertido, bonito, pernas torneadas, inteligente.

Na verdade, só eu achava isso dele. O resto do mundo, exceto a mãe dele, não gostava dele. Achavam que era xarope. “Por favor, se vier aqui, não traga mais ele, porque ele é insuportável”.


Eu, particularmente, achava ele super suportável. Até pela sua performance. Mas acho que com essa parte os outros não se importavam.


Sim, ele já havia sido P.A. de uma gama de pessoas. Umas se arrependiam, outras se divertiam, outras tomavam as dores dele.


O fato é que ele apareceu em um momento de importante libertação para mim. Superação do luto pelo término do namoro e libertação do elemento fogo!!!!


E o P.A., como um P.A. que se preze, dizia que eu estava bonita até nos momentos em que eu estava mais acabada. Podia estar jogada no chão, com remela nos olhos, o dente sujo de feijão preto que ele falava: como esta linda... Isso sim é P.A. treinado!

Mas aí, ficou aquela coisa de namorico que estraga qualquer relacionamento p.a.sístico. Nos afastamos.


Ele até seria uma boa sugestão de P.A. para algumas colegas, mas ele resolveu mudar os rumos da vida e agora está preso.

sábado, 16 de abril de 2011

Rapidinhas



Duas rapidinhas que ajudam a explicar alguns porquês das choronas de plantão!


- A comida demora 7 segundo para chegar no estômago. O cabelo consegue aguentar até 3kg. O comprimento do pênis é 3x o comprimento do polegar. O fémur é tão duro como o cimento. O coração das mulheres bate mais depressa. As mulheres piscam 2x mais os olhos. Usamos 300 músculos para manter o equilíbrio. As mulheres leram o texto inteiro... O homem continua a olhar para o seu polegar. 


- Tem muito homem...... e eu gosto de todos!!!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

QUANDO TE PEGUEI NA PISCINA

Mr Dimenor, como já mencionei, é o menino de 17 anos que eu peguei! O que eu "esqueci" de mencionar é que, além de tudo, o crime foi friamente premeditado!!!!

Tudo começou no meu aniversário de 20 e nem tão poucos anos, quando o Mr Camarão, irmão do Mr Dimenor, sentou na minha mesa para esperar um amigo em comum. Já havia alguns meses que existia um certo furor na roda por causa do Mr Camarão que, como o próprio nome sugere, não tem o rosto mais lindo do mundo, mas o corpo gostoso supera qualquer detalhe. Eu, particularmente, não sabia que os músculos das costas se mexiam até ver o Mr Camarão cortar uma picanha em um churrasco!!!!

Contudo, não tinha picanha que me fizesse tirar os olhos do Mr Dimenor! Podem chamar como quiserem: esquisitinho, alternativo, genérico... a verdade é que, na minha opinião, fugir do óbvio é muito mais excitante!!! Ai, gente, sem contar como a juventude é bonita!!!! Eu sei que pode parecer pedofilia, mas aquela coisa de querer ser malandro e ainda não saber como se faz, aqueles olhinhos curiosos e envergonhados ao mesmo tempo, aquele jeito sem graça que só se tem antes dos 20 anos me encanta!!! E, para melhorar, Mr Dimenor, ao contrário do irmão, tem o rosto lindo e é gordinho! Ai pegou na minha veia, AMOOOO um gordinho!!!!

Resumindo, foi neste dia que o Mr Dimenor mal me falou "oi" de tanta vergonha, que eu tive a certeza que ia pegar ele! Eu não sei se vocês já sentiram isso, mas existem certas raras ocasiões que você sente que o universo vai conspirar a seu favor. Não é uma certeza absoluta, nem uma visão, é só um vislumbre de que a história não termina ali!

E é claro que quem sabe não fica esperando acontecer!!! Um tempo depois eu e uma amiga chantageamos o amigo em comum para que ele levasse o Mr Camarão ao churrasco que íamos fazer e, assim como quem não quer nada, falei que se ele quisesse, ele poderia levar o irmão pivinha também! Tem que dar uma mãozinha para o destino, minha gente!!!!

No dia do churras passamos boa parte da tarde assim: todas as meninas se engalfinhando por causa do Mr Camarão e eu só observando o inimputável! Mr Dimenor, assim como a grande maioria dos gordinhos que me atrai, tem um humor ácido delicioso! Sabem aquele tipo que só abre a boca para falar a coisa mais engraçada ou dar a maior tirada?!!! ADOOOORO!!!

Lá pelas tantas, todo mundo mamadaço, Mr Camarão, sem camisa, é o primeiro a pular na piscina, claro! Mulherada rezando para ser empurrada depois disso! E vem o pivinha para me jogar!!!! Ah, socorro!!!! Fiz um charme, falei que não podia me molhar, que tava com o celular, blábláblá... até que ele falou que me dava a mão e a gente pulava junto! Eu SABIA que ia pegar!!!

Fiquei horas na piscina falando merda e tomando uma cutucada e um caldo da criança de vez enquando, até que começou a chover e a galera, acho que com medo de se molhar mais (vai entender!), saiu da piscina. Ficou eu e o dimenor!!!!

Gente, me senti O tubarão!!!! Tã-nam-nam-nam-nam... Abocanhei o peixinho!!!!

Vou confessar para vocês que só percebi como eu tinha me tornado uma mulher "pra frente" depois de pegar o Mr Dimenor. Ele beijava super bem, mas não desenvolvia, sabem?!! Nenhuma mão na perna, na bunda... a gente tava numa piscina, pô! Peito, então, nem pensar!!! Foi ai que a ficha caiu que ele SÓ tinha 17 anos!!!! Me teletransportei para a minha velha infância e lembrei que no mundo dos 17 anos, salvo excessões, sexo ainda não é rotineiro! Aquietei meu facho.

Meu encantamento pelo Mr Dimenor, com isso, aumentou ainda mais, a ponto de eu ficar encanada, obcecada mesmo para pegar ele de novo. Queria tanto tirar um pouquinho daquela inocência... Mas... né?!!! Era eu me aproximar dele que o menino lembrava que tinha que ir embora!!! Aff, eu também tinha esquecido como é triste ter hora para chegar em casa...

Bom, depois de várias tentativas frustadas de pegar o Mr Dimenor novamente, entrei na onda da galera e comecei a tirar sarro da história! Galera cantava a música do Nando Reis: "quer saber quando te olhei na piscina, se apoiando com as mãos na borda...", me chamava de papa anjo, tubarão... e um dia, depois do Mr Dimenor ter ido nanar, queriam mandar uma mensagem para ele do meu celular. Falei que eu mandava a mensagem e escrevi a coisa mais tosca que passou pela minha cabeça: ow, vamo nada?!

Eu honestamente nem esperava resposta, o menino só me tirava... Mas, para surpresa geral da nação, ele respondeu: "bora lá!" Pessoal ficou todo oriçado e me fizeram ligar para ele para falar que eu ia passar na casa dele. Ele topou na hora!

Eu não me conformava... Enquanto eu queria pegar ele sério ele só me cortava e nesse dia que era só zueira ele foi facinho, facinho! Vai entender...

Mais que depressa um dos amigos em comum saltou no banco de trás do meu carro e disse que ia ficar ali escondido até o Mr Dimenor entrar no carro. E eu só pensando: vai dar merda, vai dar merda... Parei na porta da casa do Mr Dimenor e nada dele. Era só o que faltava para acabar com o meu currículo: um toco homérico de um piva, com testemunha ocular!!! Falei para o amigo que achava que a criança não ia sair e ele, já com um certo pesar nos olhos, falou que conseguia até imaginar ele na frente do espelho se arrumando e passando perfume. Fiquei com dó!

Nisso aparece Mr Dimenor com sua melhor roupinha de ir à missa, todo sorridente! Assim que ele entrou no carro e se aproximou para me cumprimentar com um beijo o amigo pulou no banco de trás e começou a dar risada. Mr Dimenor ficou roxo de vergonha, tadinho...

Eu não sei explicar para vocês ao certo o que eu senti. Eu adoro uma coisa errada, então achei toda a história muito engraçada, mas eu também gostava do Mr Dimenor, não queria deixá-lo chateado ou triste... e também tinha a parte que se sentia vingada, claro!

Na hora que voltamos ao bar com o Mr Dimenor a tira-colo a galera enlouqueceu, zuaram muito o pobrezinho! E eu, para tentar amenizar a minha culpa, me ofereci para levá-lo de volta para casa. Eu pensei que se eu ficasse com ele depois disso os outros iam dar uma aliviada. Ah, mas quem disse que ele montava no meu carro?!!! De jeito nenhum! Ele fez que fez até outra pessoa o levasse embora.

Confesso que fiquei preocupada, mas Mr Dimenor, como toda criança, tem recuperação mais acelerada que os adultos e logo tirou essa brincadeira de letra! Como bom tirador de sarro que é, ele também não perdeu a oportunidade de toda vez que teve churrasco em casa com piscina me alfinetar: Cuidado com a tubarão Severina!!!, ele divulgava.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Todo mundo sabe onde a campainha aperta.

Confesso que até hoje estive pensando sobre por qual história começar. E isso porque sou daquele tipo que deixa todo passado com um pé no presente, quase nada definitivamente terminado, muita ferida se fingindo de cicatriz. Mas tem sempre aqueles casos que a gente considera entre uma grande decepção e outra. Os que esmagaram nosso coração viram referência temporal.

Final de semana de trabalho em outra cidade, ajudando a organizar um evento estadual, descabelada por carregar colchões, caixas, fazer cartazes e ainda tendo que pensar em respostas rápidas para os rapazes que acham gracioso ver mulher se acabando de tanto fazer força. Mas fazendo tudo com a animação típica de recém-contratada (também conhecida como carne nova no pedaço).

E toda hora alguém te apresenta pra alguém que gosta de puxar assunto e era questão de minuto pra ter mais uns dois ou três na roda.

Dia de trabalho duro pede uma festa de confraternização. Olho em volta e todo mundo tá usando a ‘roupa da missa de domingo’, ensaiando passinho de dança a dois, cheiro de perfume barato no ar... Eu só pensava que merecia uma cerveja pra aliviar aquele dia que consumiu até meu horário de almoço.

Cheguei no ‘baile’, mulheres de um lado, homens de outro e eu me esforçando muito pra lembrar que aquela situação era passageira na minha vida e que estava lá por causa da cerveja. Assim fiz, peguei logo duas latas. Sede. Fui, peguei mais duas, voltei pro meu cantinho. No final da quarta pensei que devia ter comido algo, mas... Volto pro bar, dois caras se aproximam e aí que o Mr. W (ah, esses nomes com W!) entra na história. Oferece cerveja, ele toma Kaiser, mas me traz uma Brahma, ufa! Pergunta um monte e eu respondo, dou risada, aceito outra cerveja e quando olho em volta estou no meio de uma roda de cinco homens, o que chama a atenção no salão onde os grupos de homens e mulheres estavam um pouco mais permeáveis, mas nem tanto.

Sem graça, peço licença, indico a direção do banheiro. Dou a volta e sigo pra saída. O Mr. W. me segue:

- Festa boa, ele diz.

- Ô.

- Tá preocupada com alguma coisa?

- Procurando minha carona.

Meu chefe passa e deseja boa noite, eu procuro uma entonação diferente na fala dele. Meu carona aparece com um isopor cheio de cerveja meio quente e decido acompanhar aceitando o argumento contra o desperdício e ignorando a dificuldade crescente em articular palavras já que meu corpo era só álcool a essa altura.

- Deixa que eu abro pra você. (Mr. W marcando presença)

A festa estava vazia, nosso isopor com o que havia sobrado, meu carona querendo se atracar com um cara, a cerveja quente fazendo efeito e eu comecei a pensar ‘E se?’ seguido do auto convencimento ‘Não é tão ruim’.

Dali, acordei teletransportada no corredor escuro do alojamento prensada na parede, dei um pulo seguido do ‘Pára-que-você-tá-fazendo-merda’. Preocupada com a minha imagem profissional, fui procurar minha bolsa e meu lenço e apertei um interruptor com impulso de bêbado que tenta recuperar os movimentos da perna, ouço um barulho, parece uma sirene, era eu apertando a campainha da escola. Ouvi portas se abrindo, cabeça aparecendo, saí correndo e deixei o Mr. W lá.

Encontro meu chefe na ponta da escada que pergunta que barulho era aquele, falo que também ouvi, desejo boa noite e sumo.

No dia seguinte colo os óculos escuros no rosto e me ofereço pra digitar qualquer coisa só pra ficar fechada numa sala e não ter que cruzar ninguém no corredor. Alguém bate no vidro, mando um tchauzinho pro Mr. W.

Passa um mês. Chego atrasada numa reunião ampliada, sala cheia. Assim que eu entro os homens olham para o Mr. W. sentado no canto, todo no estilo taxista diferenciado: camisa pólo por dentro do bermudão-cintura-alta, óculos espelhados, celular preso ao cinto. Sento na primeira cadeira, bem lady, como se tivesse feito uma lobotomia e penso ‘Agora todo mundo sabe quem tocou a campainha’.

domingo, 10 de abril de 2011

O BURACO É AINDA MAIS EMBAIXO?

Pensei muito esses dias sobre a próxima história a ser contada aqui e, apesar de ter váriasss bizarras, implorando para serem publicadas, a verdade é que tem uma, a atual, que vem tomando todo o tempo dos meus pensamentos e é sobre ela que eu quero falar...

Conheci Mr. T em um domingo de sol. Uma programação ótima com os amigos e a única preocupação na cabeça de curtir e ficar de boa. Ficar de boa. Eu saí exatamente para isso: curtir meus amigos e FICAR DE BOA. Mas foi só chegar no lugar, pra cruzar com o moçoilo. E ele? Ele sorriu, como se já me conhecesse.

Eu continuei firme e forte na missão de passar o domingo todo sem paquerar ninguém, apesar das pessoas interessantes que estavam ali. Mas Mr. T era insistente, fez que fez até conseguir falar comigo. Bonitinho, simpático, responsável, bem humorado, excelente gosto musical (nessa fase em que só se ouve sertanejo, pontos pro moço!) e não tentou me agarrar logo de cara... Diferenciado, pensei.

Tudo continuou uma beleza, uns beijinhos pra cá, telefonemas pra lá, mensagens pra todo canto... mas eis que Mr. T sumiu. E voltou. E sumiu de novo. E voltou. E o fato é que depois daquele primeiro dia, não consegui mais encontrar o rapaz (e olha que só rolou beijinho mesmo!). O moço é tão ocupado, que não existe na agenda dele espaço pra mim e o esforço pra entender o porque ele marca, desmarca, me liga e não me encontra, está acabando com as minhas energias.

Das choronas, eu já escutei de tudo: ele é gay; casado; namora; tem outra, certeza; é louco; chaveca por esporte... Todas não aguentam mais essa ladainha, mas eu continuo aqui, sem nenhuma resposta (e sem largar o caldeirão, claro!).

Foi então que escutei uma história, que me fez pensar que talvez o buraco seja ainda mais embaixo. Tenho um amigo que é uma graça: hétero, bonito, inteligente, estudioso... Um belo dia ele foi até uma loja e se apaixonou pela atendente. Por mais de um mês eu escutei o tanntooo que a menina era bonita, linda, maravilhosa e tudomais! Praticamente um ser inatingível.

Meses depois meu amigo voltou na tal loja, fez uma compra de R$400,00 e levou o número de celular da Miss Perfeita. Ligo ou não ligo? Ligou. Saiu com a moça, pagou o barzinho, levou-a embora pra casa e chegamos ao momento tão esperado!!! A rapariga, então, convidou meu amigo pra subir pro apartamento dela... e ele?? Subiu, claro (vai dizer a leitora mais aflita!). Não, minhas caras, ele disse: "ahh obrigada, mas acho que já vou embora mesmo..."

Pasmem!!! Depois de tudo (grana da loja + dúvida pra ligar + grana do bar + tensão do primeiro encontro + blábláblá do primeiro encontro + levar a mina na pqp), o cara não quis bater o pênalti!!! E pior, eu pergunto o porque, afinal, ele disse 'não' e meu amigo NÃO SABE RESPONDER! É isso mesmo, ele pensa, se desespera, se arrepende e não encontra uma explicação, umazinha... Nada!

Eu consigo ver a cena: a Miss Perfeita subindo no elevador, com a cabeça fervilhando de 'porques', sem entender nada!! Pensando: 'será que eu disse algo que ele não gostou? Comi com a boca aberta? Minha roupa, claro, só pode ser! Mas ele voltou na loja, parecia interessado... gastou 400 pila, porra!' E a amiga chorona, no outro dia, ouvindo a história atentamente, tentando buscar esse momento específico em que o pudim desandou, pra dizer no fim: ele é gay; deve ter outra; louco... homens.

Mas o fato é que, em algumas situações (como nessa história do meu amigo), essas respostas que a gente tanto busca não existem. Não estou querendo dizer, aqui, que nós temos que aguentar qualquer tipo de situação esdrúxula, como se todo mundo saísse por aí sem saber o que está fazendo direito. Não é isso. Mas começo a pensar que, talvez, devêssemos também considerar que o outro é uma pessoa comum, com sonhos, expectativas, dúvidas e inúmeros pensamentos conflitantes na cabeça.

Enfim, existem alguns ingredientes no assunto que, infelizmente, nos faltam... Não dá pra se resumir tudo em um simples 'sim ou não', 'quer ou não quer'. E fica difícil saber se aquilo foi um fora mesmo, ou só um acidente de percurso. Afinal, atire a primeira pedra quem nunca disse um 'não', querendo muito dizer 'sim'...

Quanto à minha história, no fundo, o alerta continua piscando: se ele quisesse MESMO ficar com você, daria um jeito... mas NÉ! Quem sabe, são tantos outros fatores a se considerar... Fica aí a esperança de uma história boa, ou de um novo post!