terça-feira, 26 de abril de 2011

QUEM PROCURA... ACHA!

Feriadão ultra prolongado, paquera novo, churras e festas todos os dias, expectativas lá em cima e... naaaaaaaada ocorre como o planejado! Conhecendo a mim e à minha "sorte" como eu conheço, nem dá para dizer que era algo inesperado. Afinal, toda vez que eu coloco muita pilha em cima de uma situação o caldo desanda.

Contudo, domingo à noite, na hora que o desespero bate mais forte e os instintos assassinos começam a aflorar, Deus, para calar minha boca, mostra que não se preocupa apenas com as tsunamis no Japão e manda o mocinho-(ex)famoso-da-regata-marrom sentar na minha mesa!!! Obrigada Senhor!!!! Eu estava meeeesmo precisando de algo assim!!!!

Depois disso foi até mais fácil encarar meu ex-paquera novo dando volta de carro com outra rapariga! Fui pega de surpresa??? Não fazia nem ideia do que estava acontecendo??? NÃO, NÃO, NÃO!!!! Os sinais estavam todos lá!!!! Sirene, trombeta, campainha, luz vermelha... Já tinham até me cantado a bola de quem era a menina, mas, como sempre, a teimosia falou mais alto e o apego ao caldeirão rendeu mais uma chamuscada!!!

Mas esse post não é para falar sobre Mr Doll, esse post é sobre algo mais profundo, ele tem uma espécie de missão: a missão de me convencer de que não importa o quanto eu consiga ser teimosa, quando o cara não está afim, ele simplesmente não está afim e que, por outro lado, o cara que está interessado em você arranja um jeito de te encontrar! Esse post é sobre dois guerreiros - Mr Pedreirodoisfilhos e Mr Guardinhadobanco - que, para conseguirem falar comigo, se expuseram ao ridículo e ao inimaginável!!!!

Mr Pedreirodoisfilhos, como vocês sabem, foi descartado depois de um ataque de ciúmes sem precedentes na minha história. Mas ele não saiu de cena sem antes me dar uma boa lição de civilidade!!!

Após o ocorrido, deixei o moço no maior vácuo. Não atendia o celular, não respondia as mensagens... até que aquela minha amiga do outro lado do mundo - que estava quase enlouquecendo por causa de um mocinho mudo - me induziu a dar uma satisfação para o moço. Escrevi que, "infelizmente", não ia dar mais para a gente se ver. Juro que fiquei esperando alguma tirada forte, afinal, até então, acreditava piamente que o silêncio era melhor aceito que um fora na lata. Ledo engano! Eis as palavras do Mr Pedreirodoisfilhos que eu fiz questão de manter no celular para transcrever (sic) para vocês:

"Po linda vc nao me quer è normal foi bom conhecer vc nao vou liga mais pr vc linda q vc seja feliz porque vc è legal adeus ."

QUEBROU AS MINHAS PERNAAAASSSSSS!!!!!! Gente, todo mundo tem razão quando fala que as mulheres estão se acostumando a serem mau tratadas!!! Sabe qual dos meus paqueras, namorados ou P.As teve esse tipo de consideração comigo?!!!! NENHUM00!!!!

Fiquei verdadeiramente comovida com o conteúdo das linhas tortas do Mr Doisfilhos e retribui o carinho com outra mensagem, mas homem ciumento não dá... por enquanto, pelo menos, ainda não dá!

Estou certa que o Mr Pedreirodoisfilhos além de gentil é um homem de palavra, porque o celular nunca mais tocou, até que ontem (é, o dia antes de hoje mesmo!) a moça que trabalha aqui em casa ficou, desde a hora que eu acordei, me olhando com um risinho no rosto. Na hora do almoço, papo vai, papo vem, ela solta: "É, você acha que eu não sei o que você anda aprontando?!" OI?!!! E continuou: "O Mr Pedreirodoisfilhos fez a MÃE dele pedir para IRMÃ dele, que é minha vizinha, ir lá em casa DUAS VEZES para perguntar o número do seu telefone, porque ele perdeu o celular dele!"

ALÉMDAIMAGINAÇÃO!!!!! Quase morri engasgada!!!!!

O Mr Guardinhadobanco, por sua vez, foi ainda além! História antiga, que começou na primeira fase da adolescência quando Mr Guardinhadobando ainda era um mero carregador em uma loja de móveis, um belo dia, anos depois, minha irmã chega em casa se matando de rir, falando que um dos meus paqueras tinha chamado ela de cunhada no banco e ia ligar em casa.

Eu sei que qualquer pessoa normal, com uma capivara como a minha ia pensar: fudeu!, mas eu não! Eu já falei para vocês que curto o diferente, não vejo nada de mal nesse meu gosto excêntrico, então fiquei super animada!!! Entendam, até então o fato de o moço estar no banco não significava nada para mim! Achei que era alguém que estava pagando uma conta ou sacando dinheiro!

Bom, enquanto eu torturava a irmã traira para que ela me contasse quem era o moço, meu irmão, verificando a bina, constata que alguém estava ligando para casa de um orelhão! "Agora fudeu!", pensei. Isso delimitava muito as possibilidades! Atendi o telefone e, como boa kamikaze que sou, marquei um encontro com o moço na praça! Não façam essas caras de novo... vocês ainda não perceberam que eu simplesmente não consigo deixar uma merda pela metade?!!!

Fui para o encontro sabendo que se tratava do Mr Guardinhadobanco porque, depois de muito rir, minha irmã confirmou que era ele e relatou que agora ele trabalhava no banco. Na hora que eu vi ele chegando... me deu até frio na barriga!!! Não é que eu ache ele feio, pelo contrário, ele é gordinho, loiro e de olhos azuis!!! Para o meu padrão, quase um "príncipe"! Mas não tinha nada a ver... nunca teve nada a ver!

Já que tá no inferno, ENROLA o capeta!!!! Eu não ia pegar esse moço de novo! Minha experiência ensina que, nesses casos, a pior armadilha é ficar parado porque o moço vai se aproximando, se chegando e na hora que você vê, já foi! Por isso, quando sentamos na praça e o moçoilo começou a ensaiar o bote, falei que estava com vontade de caminhar! Andamos, hein?!!! Acho que eu fiz o moço caminhar uns 2km!!! Suado e cansado, ele se despediu comportadinho!

Final de semana, vou para um barzinho, mesa lotadaça, cada hora chegava mais um, minha mãe liga no celular da minha irmã e pede para falar comigo. Ela diz que um moço já tinha ligado duas vezes em casa e no celular que eu tinha esquecido também! Que ele, muito folgado (ódios de mãe!), tinha perguntado onde eu estava e que quando ela disse que eu estava no barzinho ele disse que ia liga....... Não deu tempo de ela terminar de falar, o garçom do bar parou do meu lado com o telefone sem fio na mão e falou: "Severina, telefone para você!"

EU NÃO TINHA REAÇÃO!!!! Queria me enfiar em um buraco!!!! Na hora que eu encostei o telefone no ouvido eu não conseguia escutar uma palavra do que o Mr Guardinhadobanco falava de tanto que o pessoal ria!!! Teve um que quase caiu da cadeira! Tive que atravessar a rua para escutar o moço! Um papinho mole de como você está, o que você está fazendo... e eu só balbuciando as respostas! Que bizarrice!

É, minha gente, acho que no final das contas homens não são tão diferentes das mulheres assim... Homem quando está a fim também corre atrás! Adiciona no facebook, no msn, dá um jeito de conseguir o telefone, liga, manda mensagem, scrap, testemunho... não está nem ai para "o que pode parecer" não! Eu tento manter isso sempre em mente, mas é tão tentador "acreditar" que ele esqueceu o celular ou está muito ocupado...

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Um para esquecer o outro - Vale a pena???

Como já foi falado aqui várias vezes, mesmo que a gente queira muito, é super difícil acertar na pontaria dos relacionamentos! 
Ainda mais nessa sociedade maluca em que resolvemos nascer... onde mudar de amor, de namorado e de paquera é como mudar de roupa ou consumir novos produtos! Acho realmente que as relações também estão mercantilizadas, o que também significa, usar pessoas.... 
Sem entrar em grandes pirações, quero dizer que também sou filha dessa sociedade e que por isso 'reproduzi' coisas que não concordo, ou não concordaria que fizessem comigo, mas só percebi que estava fazendo isso meio tarde.... depois de 3 anos!

Depois de um namoro regrado a amor, mas também repleto de chifres homéricos - claro que na minha cabeça - fiquei com nojinho dos amantes de plantão. Olhava a minha volta e só via namorados amantes! Eram muito felizes, se beijavam, se paqueravam, eram parceiros.... eu olhava pra essas coisas e falava: É MENTIRA! 
Durante uns 4 meses eu tive nojo de verdade dessas pessoas! Achava tudo falso e hipócrita!
Um parênteses - Esse foi o meu segundo amor (com o Mr.P) e vale um post exclusivo! Porque vale a pena compartilhar com as Misses leitoras como os sinais vermelhos piscaram e até me deram uns tapas na cara, e, ao resistir fortemente a esses sinais, fui enganada vertiginosamente! 

Enfim, durante esse nojinho dos casais tinha um Mr. 'Miguxo' que sempre vinha me acalentar.... falava que o Mr.P não servia pra mim, que ele só me fazia sofrer, que eu precisava sair daquela situação, que haviam coisas muito melhores na vida, que eu merecia ser amada, e Blá, Blá, Blá. Isso ocorreu durante todas as semanas que tive nojinho. Até aí eu estava achando que ele queria ser meu amigo, se aproximar, besta que sou! O cara me atacou na saída do banheiro feminino! 
Achei bom, já que sofria de nojinho inclusive dos beijos e das línguas alheias! Paguei pau! Teve atitude!

Fui percebendo que aquele possível rolinho me ajudava a esquecer o Mr.P! Fui entrando no bagulho como faço de uma maneira geral na minha vida, pulando de cabeça nas merdas! Passamos a ficar freqüentemente, a trocar mensagens e ligações, passamos a nos ver de tarde, nas festas da Faculdade, e fomos assumindo a história. Hoje posso falar que na verdade eu estava atordoada! Não tinha sentimento por ele! Eu tinha a necessidade de esquecer o Mr.P e nisso o Mr. Miguxo foi fundamental!

Um dia o Mr. Miguxo resolveu parar de ficar comigo! Disse que eu ainda gostava do Mr.P e que eu voltaria com ele, assim como eu já tinha feito no passado... AHÁ! Mesmo não gostando do cara eu fui desafiada e tive a convicção que não seria passada pra trás desse jeito, e que iria trazê-lo de volta! E foi o que eu fiz! Nesse caso botei na cabeça, Não Miss Kessy!

Ao ficar com um cara na frente do Mr. Miguxo, ele, de novo, me juntou no banheiro e falou: Vamos parar com essa história e vamos namorar! Era isso que eu precisava: alguém que gostasse de mim e que me fizesse esquecer o Mr.P.!

Fiquei com o Mr. Miguxo 3 anos!!!! Pasmem! 

Eh Eh, minha gente, exatamente o tempo que demorei pra digerir a história com o Mr.P.

Hoje, depois de obviamente me auto-flagelar por ter feito isso com ele e comigo, digo que é muito tempo pra ficar com alguém que não tem nada a ver com você.... Hoje eu penso que o tempo de ficar solteira e digerir o ex não deve ser vivido com outro alguém que extrapole a relação de P.A. (Pinto Amigo - pra quem não sabe).

Ele realmente foi Miguxo, mas não passou disso! Eu confundi! E penso que me trai nesse processo. Porque foi realmente uma viagem! 'Inconscientemente' eu acabei usando alguém... me fez bem, mas o final do namoro com ele não teve explicações palpáveis! 

Penso que não podemos cair na lábia dos Miguxos por ai! Ele me fez acreditar que era um cara melhor, que era maravilhoso, e além disso me fez acreditar que eu o amava! Ele representa, mesmo pra quem não o conhece muito, o típico falador! Ele fala, fala, fala lorotas convictas por horas a fio! E aí me ludibriou! De verdade gente! Me fez acreditar que eu o amava muito! E que eu tinha muito mais do que eu merecia enquanto homem e que por isso tinha que me dar por satisfeita!

Não, não senhoritas, eu não estou me fazendo de vítima! Mas o Mr.P me atordoou num tanto (quando eu postar essa odisséia da minha vida saberão melhor do que estou falando) que eu acreditei que realmente fazia sentido ficar com o Mr.Miguxo, pois era alguém que tinha apenas 'um pouco mais de cuidado' comigo, e que eu teoricamente amava. Só um adendo, esse 'um pouco mais de cuidado' era fundamental pra mim, pois fui maltratada pelo Mr.P, durante 3 anos!!!! E realmente era só um pouco mais!

Tá vendo porque meu codinome é Miss Kessy?! Acredito e insisto em cada uma....

domingo, 17 de abril de 2011

Era uma vez um P.A.

Acho que estou levando essa história de pomba muito a sério. Essa semana, estava esperando o ônibus no ponto, eis que surge uma pombinha e estaciona ao meu lado. Normalmente elas voam se a gente se mexe ou demonstra incômodo. Essa não. Tirava os piolhos das penas e virava a cabecinha de lado, me encarando.


Talvez quisesse tirar satisfações pelo meu codinome. Expliquei mentalmente que achava interessante a relação com as cagadas humanóides, mas ela não parava de me encarar. Andei um pouco para o lado, pois me senti acuada. Ela veio atrás. Poxa, eu não fiz por mal de escolher esse apelido. Só achei pertinente.


Gru gru gru.... Tira o piolho.... Encara a avatar de pomba querendo se infiltrar na comunidade.


Tive nojo de ela voar em mim e me contaminar com essas doenças de pombo. Medo de pomba no ponto de ônibus, era o que me faltava.


Ufa, chegou meu ônibus. Entrei mais do que depressa e olhei para trás. A pombinha começou a dar seus passinhos na direção da porta, mas por sorte o motorista estava do meu lado e fomos embora rápido.

Só um sapo boi meu causou tanto incômodo com um olhar. E agora a pomba.


E não estou mentindo, ela me seguiu.


Bom, já que estamos no assunto animal, lembrei de um P.A. que já passou pela minha vidinha. Era um bom P.A. Era divertido, bonito, pernas torneadas, inteligente.

Na verdade, só eu achava isso dele. O resto do mundo, exceto a mãe dele, não gostava dele. Achavam que era xarope. “Por favor, se vier aqui, não traga mais ele, porque ele é insuportável”.


Eu, particularmente, achava ele super suportável. Até pela sua performance. Mas acho que com essa parte os outros não se importavam.


Sim, ele já havia sido P.A. de uma gama de pessoas. Umas se arrependiam, outras se divertiam, outras tomavam as dores dele.


O fato é que ele apareceu em um momento de importante libertação para mim. Superação do luto pelo término do namoro e libertação do elemento fogo!!!!


E o P.A., como um P.A. que se preze, dizia que eu estava bonita até nos momentos em que eu estava mais acabada. Podia estar jogada no chão, com remela nos olhos, o dente sujo de feijão preto que ele falava: como esta linda... Isso sim é P.A. treinado!

Mas aí, ficou aquela coisa de namorico que estraga qualquer relacionamento p.a.sístico. Nos afastamos.


Ele até seria uma boa sugestão de P.A. para algumas colegas, mas ele resolveu mudar os rumos da vida e agora está preso.

sábado, 16 de abril de 2011

Rapidinhas



Duas rapidinhas que ajudam a explicar alguns porquês das choronas de plantão!


- A comida demora 7 segundo para chegar no estômago. O cabelo consegue aguentar até 3kg. O comprimento do pênis é 3x o comprimento do polegar. O fémur é tão duro como o cimento. O coração das mulheres bate mais depressa. As mulheres piscam 2x mais os olhos. Usamos 300 músculos para manter o equilíbrio. As mulheres leram o texto inteiro... O homem continua a olhar para o seu polegar. 


- Tem muito homem...... e eu gosto de todos!!!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

QUANDO TE PEGUEI NA PISCINA

Mr Dimenor, como já mencionei, é o menino de 17 anos que eu peguei! O que eu "esqueci" de mencionar é que, além de tudo, o crime foi friamente premeditado!!!!

Tudo começou no meu aniversário de 20 e nem tão poucos anos, quando o Mr Camarão, irmão do Mr Dimenor, sentou na minha mesa para esperar um amigo em comum. Já havia alguns meses que existia um certo furor na roda por causa do Mr Camarão que, como o próprio nome sugere, não tem o rosto mais lindo do mundo, mas o corpo gostoso supera qualquer detalhe. Eu, particularmente, não sabia que os músculos das costas se mexiam até ver o Mr Camarão cortar uma picanha em um churrasco!!!!

Contudo, não tinha picanha que me fizesse tirar os olhos do Mr Dimenor! Podem chamar como quiserem: esquisitinho, alternativo, genérico... a verdade é que, na minha opinião, fugir do óbvio é muito mais excitante!!! Ai, gente, sem contar como a juventude é bonita!!!! Eu sei que pode parecer pedofilia, mas aquela coisa de querer ser malandro e ainda não saber como se faz, aqueles olhinhos curiosos e envergonhados ao mesmo tempo, aquele jeito sem graça que só se tem antes dos 20 anos me encanta!!! E, para melhorar, Mr Dimenor, ao contrário do irmão, tem o rosto lindo e é gordinho! Ai pegou na minha veia, AMOOOO um gordinho!!!!

Resumindo, foi neste dia que o Mr Dimenor mal me falou "oi" de tanta vergonha, que eu tive a certeza que ia pegar ele! Eu não sei se vocês já sentiram isso, mas existem certas raras ocasiões que você sente que o universo vai conspirar a seu favor. Não é uma certeza absoluta, nem uma visão, é só um vislumbre de que a história não termina ali!

E é claro que quem sabe não fica esperando acontecer!!! Um tempo depois eu e uma amiga chantageamos o amigo em comum para que ele levasse o Mr Camarão ao churrasco que íamos fazer e, assim como quem não quer nada, falei que se ele quisesse, ele poderia levar o irmão pivinha também! Tem que dar uma mãozinha para o destino, minha gente!!!!

No dia do churras passamos boa parte da tarde assim: todas as meninas se engalfinhando por causa do Mr Camarão e eu só observando o inimputável! Mr Dimenor, assim como a grande maioria dos gordinhos que me atrai, tem um humor ácido delicioso! Sabem aquele tipo que só abre a boca para falar a coisa mais engraçada ou dar a maior tirada?!!! ADOOOORO!!!

Lá pelas tantas, todo mundo mamadaço, Mr Camarão, sem camisa, é o primeiro a pular na piscina, claro! Mulherada rezando para ser empurrada depois disso! E vem o pivinha para me jogar!!!! Ah, socorro!!!! Fiz um charme, falei que não podia me molhar, que tava com o celular, blábláblá... até que ele falou que me dava a mão e a gente pulava junto! Eu SABIA que ia pegar!!!

Fiquei horas na piscina falando merda e tomando uma cutucada e um caldo da criança de vez enquando, até que começou a chover e a galera, acho que com medo de se molhar mais (vai entender!), saiu da piscina. Ficou eu e o dimenor!!!!

Gente, me senti O tubarão!!!! Tã-nam-nam-nam-nam... Abocanhei o peixinho!!!!

Vou confessar para vocês que só percebi como eu tinha me tornado uma mulher "pra frente" depois de pegar o Mr Dimenor. Ele beijava super bem, mas não desenvolvia, sabem?!! Nenhuma mão na perna, na bunda... a gente tava numa piscina, pô! Peito, então, nem pensar!!! Foi ai que a ficha caiu que ele SÓ tinha 17 anos!!!! Me teletransportei para a minha velha infância e lembrei que no mundo dos 17 anos, salvo excessões, sexo ainda não é rotineiro! Aquietei meu facho.

Meu encantamento pelo Mr Dimenor, com isso, aumentou ainda mais, a ponto de eu ficar encanada, obcecada mesmo para pegar ele de novo. Queria tanto tirar um pouquinho daquela inocência... Mas... né?!!! Era eu me aproximar dele que o menino lembrava que tinha que ir embora!!! Aff, eu também tinha esquecido como é triste ter hora para chegar em casa...

Bom, depois de várias tentativas frustadas de pegar o Mr Dimenor novamente, entrei na onda da galera e comecei a tirar sarro da história! Galera cantava a música do Nando Reis: "quer saber quando te olhei na piscina, se apoiando com as mãos na borda...", me chamava de papa anjo, tubarão... e um dia, depois do Mr Dimenor ter ido nanar, queriam mandar uma mensagem para ele do meu celular. Falei que eu mandava a mensagem e escrevi a coisa mais tosca que passou pela minha cabeça: ow, vamo nada?!

Eu honestamente nem esperava resposta, o menino só me tirava... Mas, para surpresa geral da nação, ele respondeu: "bora lá!" Pessoal ficou todo oriçado e me fizeram ligar para ele para falar que eu ia passar na casa dele. Ele topou na hora!

Eu não me conformava... Enquanto eu queria pegar ele sério ele só me cortava e nesse dia que era só zueira ele foi facinho, facinho! Vai entender...

Mais que depressa um dos amigos em comum saltou no banco de trás do meu carro e disse que ia ficar ali escondido até o Mr Dimenor entrar no carro. E eu só pensando: vai dar merda, vai dar merda... Parei na porta da casa do Mr Dimenor e nada dele. Era só o que faltava para acabar com o meu currículo: um toco homérico de um piva, com testemunha ocular!!! Falei para o amigo que achava que a criança não ia sair e ele, já com um certo pesar nos olhos, falou que conseguia até imaginar ele na frente do espelho se arrumando e passando perfume. Fiquei com dó!

Nisso aparece Mr Dimenor com sua melhor roupinha de ir à missa, todo sorridente! Assim que ele entrou no carro e se aproximou para me cumprimentar com um beijo o amigo pulou no banco de trás e começou a dar risada. Mr Dimenor ficou roxo de vergonha, tadinho...

Eu não sei explicar para vocês ao certo o que eu senti. Eu adoro uma coisa errada, então achei toda a história muito engraçada, mas eu também gostava do Mr Dimenor, não queria deixá-lo chateado ou triste... e também tinha a parte que se sentia vingada, claro!

Na hora que voltamos ao bar com o Mr Dimenor a tira-colo a galera enlouqueceu, zuaram muito o pobrezinho! E eu, para tentar amenizar a minha culpa, me ofereci para levá-lo de volta para casa. Eu pensei que se eu ficasse com ele depois disso os outros iam dar uma aliviada. Ah, mas quem disse que ele montava no meu carro?!!! De jeito nenhum! Ele fez que fez até outra pessoa o levasse embora.

Confesso que fiquei preocupada, mas Mr Dimenor, como toda criança, tem recuperação mais acelerada que os adultos e logo tirou essa brincadeira de letra! Como bom tirador de sarro que é, ele também não perdeu a oportunidade de toda vez que teve churrasco em casa com piscina me alfinetar: Cuidado com a tubarão Severina!!!, ele divulgava.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Todo mundo sabe onde a campainha aperta.

Confesso que até hoje estive pensando sobre por qual história começar. E isso porque sou daquele tipo que deixa todo passado com um pé no presente, quase nada definitivamente terminado, muita ferida se fingindo de cicatriz. Mas tem sempre aqueles casos que a gente considera entre uma grande decepção e outra. Os que esmagaram nosso coração viram referência temporal.

Final de semana de trabalho em outra cidade, ajudando a organizar um evento estadual, descabelada por carregar colchões, caixas, fazer cartazes e ainda tendo que pensar em respostas rápidas para os rapazes que acham gracioso ver mulher se acabando de tanto fazer força. Mas fazendo tudo com a animação típica de recém-contratada (também conhecida como carne nova no pedaço).

E toda hora alguém te apresenta pra alguém que gosta de puxar assunto e era questão de minuto pra ter mais uns dois ou três na roda.

Dia de trabalho duro pede uma festa de confraternização. Olho em volta e todo mundo tá usando a ‘roupa da missa de domingo’, ensaiando passinho de dança a dois, cheiro de perfume barato no ar... Eu só pensava que merecia uma cerveja pra aliviar aquele dia que consumiu até meu horário de almoço.

Cheguei no ‘baile’, mulheres de um lado, homens de outro e eu me esforçando muito pra lembrar que aquela situação era passageira na minha vida e que estava lá por causa da cerveja. Assim fiz, peguei logo duas latas. Sede. Fui, peguei mais duas, voltei pro meu cantinho. No final da quarta pensei que devia ter comido algo, mas... Volto pro bar, dois caras se aproximam e aí que o Mr. W (ah, esses nomes com W!) entra na história. Oferece cerveja, ele toma Kaiser, mas me traz uma Brahma, ufa! Pergunta um monte e eu respondo, dou risada, aceito outra cerveja e quando olho em volta estou no meio de uma roda de cinco homens, o que chama a atenção no salão onde os grupos de homens e mulheres estavam um pouco mais permeáveis, mas nem tanto.

Sem graça, peço licença, indico a direção do banheiro. Dou a volta e sigo pra saída. O Mr. W. me segue:

- Festa boa, ele diz.

- Ô.

- Tá preocupada com alguma coisa?

- Procurando minha carona.

Meu chefe passa e deseja boa noite, eu procuro uma entonação diferente na fala dele. Meu carona aparece com um isopor cheio de cerveja meio quente e decido acompanhar aceitando o argumento contra o desperdício e ignorando a dificuldade crescente em articular palavras já que meu corpo era só álcool a essa altura.

- Deixa que eu abro pra você. (Mr. W marcando presença)

A festa estava vazia, nosso isopor com o que havia sobrado, meu carona querendo se atracar com um cara, a cerveja quente fazendo efeito e eu comecei a pensar ‘E se?’ seguido do auto convencimento ‘Não é tão ruim’.

Dali, acordei teletransportada no corredor escuro do alojamento prensada na parede, dei um pulo seguido do ‘Pára-que-você-tá-fazendo-merda’. Preocupada com a minha imagem profissional, fui procurar minha bolsa e meu lenço e apertei um interruptor com impulso de bêbado que tenta recuperar os movimentos da perna, ouço um barulho, parece uma sirene, era eu apertando a campainha da escola. Ouvi portas se abrindo, cabeça aparecendo, saí correndo e deixei o Mr. W lá.

Encontro meu chefe na ponta da escada que pergunta que barulho era aquele, falo que também ouvi, desejo boa noite e sumo.

No dia seguinte colo os óculos escuros no rosto e me ofereço pra digitar qualquer coisa só pra ficar fechada numa sala e não ter que cruzar ninguém no corredor. Alguém bate no vidro, mando um tchauzinho pro Mr. W.

Passa um mês. Chego atrasada numa reunião ampliada, sala cheia. Assim que eu entro os homens olham para o Mr. W. sentado no canto, todo no estilo taxista diferenciado: camisa pólo por dentro do bermudão-cintura-alta, óculos espelhados, celular preso ao cinto. Sento na primeira cadeira, bem lady, como se tivesse feito uma lobotomia e penso ‘Agora todo mundo sabe quem tocou a campainha’.

domingo, 10 de abril de 2011

O BURACO É AINDA MAIS EMBAIXO?

Pensei muito esses dias sobre a próxima história a ser contada aqui e, apesar de ter váriasss bizarras, implorando para serem publicadas, a verdade é que tem uma, a atual, que vem tomando todo o tempo dos meus pensamentos e é sobre ela que eu quero falar...

Conheci Mr. T em um domingo de sol. Uma programação ótima com os amigos e a única preocupação na cabeça de curtir e ficar de boa. Ficar de boa. Eu saí exatamente para isso: curtir meus amigos e FICAR DE BOA. Mas foi só chegar no lugar, pra cruzar com o moçoilo. E ele? Ele sorriu, como se já me conhecesse.

Eu continuei firme e forte na missão de passar o domingo todo sem paquerar ninguém, apesar das pessoas interessantes que estavam ali. Mas Mr. T era insistente, fez que fez até conseguir falar comigo. Bonitinho, simpático, responsável, bem humorado, excelente gosto musical (nessa fase em que só se ouve sertanejo, pontos pro moço!) e não tentou me agarrar logo de cara... Diferenciado, pensei.

Tudo continuou uma beleza, uns beijinhos pra cá, telefonemas pra lá, mensagens pra todo canto... mas eis que Mr. T sumiu. E voltou. E sumiu de novo. E voltou. E o fato é que depois daquele primeiro dia, não consegui mais encontrar o rapaz (e olha que só rolou beijinho mesmo!). O moço é tão ocupado, que não existe na agenda dele espaço pra mim e o esforço pra entender o porque ele marca, desmarca, me liga e não me encontra, está acabando com as minhas energias.

Das choronas, eu já escutei de tudo: ele é gay; casado; namora; tem outra, certeza; é louco; chaveca por esporte... Todas não aguentam mais essa ladainha, mas eu continuo aqui, sem nenhuma resposta (e sem largar o caldeirão, claro!).

Foi então que escutei uma história, que me fez pensar que talvez o buraco seja ainda mais embaixo. Tenho um amigo que é uma graça: hétero, bonito, inteligente, estudioso... Um belo dia ele foi até uma loja e se apaixonou pela atendente. Por mais de um mês eu escutei o tanntooo que a menina era bonita, linda, maravilhosa e tudomais! Praticamente um ser inatingível.

Meses depois meu amigo voltou na tal loja, fez uma compra de R$400,00 e levou o número de celular da Miss Perfeita. Ligo ou não ligo? Ligou. Saiu com a moça, pagou o barzinho, levou-a embora pra casa e chegamos ao momento tão esperado!!! A rapariga, então, convidou meu amigo pra subir pro apartamento dela... e ele?? Subiu, claro (vai dizer a leitora mais aflita!). Não, minhas caras, ele disse: "ahh obrigada, mas acho que já vou embora mesmo..."

Pasmem!!! Depois de tudo (grana da loja + dúvida pra ligar + grana do bar + tensão do primeiro encontro + blábláblá do primeiro encontro + levar a mina na pqp), o cara não quis bater o pênalti!!! E pior, eu pergunto o porque, afinal, ele disse 'não' e meu amigo NÃO SABE RESPONDER! É isso mesmo, ele pensa, se desespera, se arrepende e não encontra uma explicação, umazinha... Nada!

Eu consigo ver a cena: a Miss Perfeita subindo no elevador, com a cabeça fervilhando de 'porques', sem entender nada!! Pensando: 'será que eu disse algo que ele não gostou? Comi com a boca aberta? Minha roupa, claro, só pode ser! Mas ele voltou na loja, parecia interessado... gastou 400 pila, porra!' E a amiga chorona, no outro dia, ouvindo a história atentamente, tentando buscar esse momento específico em que o pudim desandou, pra dizer no fim: ele é gay; deve ter outra; louco... homens.

Mas o fato é que, em algumas situações (como nessa história do meu amigo), essas respostas que a gente tanto busca não existem. Não estou querendo dizer, aqui, que nós temos que aguentar qualquer tipo de situação esdrúxula, como se todo mundo saísse por aí sem saber o que está fazendo direito. Não é isso. Mas começo a pensar que, talvez, devêssemos também considerar que o outro é uma pessoa comum, com sonhos, expectativas, dúvidas e inúmeros pensamentos conflitantes na cabeça.

Enfim, existem alguns ingredientes no assunto que, infelizmente, nos faltam... Não dá pra se resumir tudo em um simples 'sim ou não', 'quer ou não quer'. E fica difícil saber se aquilo foi um fora mesmo, ou só um acidente de percurso. Afinal, atire a primeira pedra quem nunca disse um 'não', querendo muito dizer 'sim'...

Quanto à minha história, no fundo, o alerta continua piscando: se ele quisesse MESMO ficar com você, daria um jeito... mas NÉ! Quem sabe, são tantos outros fatores a se considerar... Fica aí a esperança de uma história boa, ou de um novo post!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Quem cedo madruga!

É pessoal. Não é fácil ser mulher e ter jornada dupla, tripla... Acorda, leva filho para a escola, trabalha, busca filho, faz curso, lê bons livros, vai ao teatro, arruma casa, cozinha e ainda temos que estar lindas, jovens, com o bumbum empinadinho, cabelo e vestimenta impecáveis e sem rugas! É possível??? Ainda me questiono bastante. Mas, enquanto o lobo não vem com a resposta, podemos ficar aqui caçoando da nossa própria sorte.


Lendo os posts do pedreirodoisfilhos e do cantor da amiga Severina, lembrei-me das profissões dos homens (na época moleques) que já fizeram parte da minha existência pombástica.


Bom, do barman vocês já ficaram sabendo pela minha última postagem. O Senninha era um bom companheiro, pois ganhei várias bebidas na ocasião. Mas também gastei muito.

Como os mocinhos dos coquetéis ficam à vista, a mulherada cai matando.

Inclusive, daquela vez, uma venezuelana desagradável quis roubar a mistura da minha marmita e começou a jogar charme para cima do Coiote Ugly. Começou a pedir bebida sem parar só para me derrubar antes e ficar com o moçoilo. Mas eu sou de raça, não desisto fácil. Tanto é que bebi mais que ela e a pus para dormir.

Mas também fiquei tão bêbada que nem consegui ficar com o alvo.... Acontece.


Além do garçom, apresento o animador de dia do terror. Um moço bom, inteligente, mas que passava o tempo vago dentro de um caixão em eventos. Se vestia de morto, fazia uma boa maquiagem, chegava com a sua turminha do Penadinho e passava horas lá sem se mexer... Vai saber o que passava na cabeça da pessoa nesse momento. Preciso falar que não deu certo????


Na lista de classificados, o próximo também já foi introduzido a vocês. Aquele que me deu o melhor dia dos namorados da minha vida virou ator, digamos assim.

Um belo dia, minhas amigas me ligaram e pediram para que eu colocasse a TV em certo canal. Eis que lá estava o meu ex-colocador de chifres, fantasiado, esdrúxulo, achando-se o engraçadão da Praça é Nossa, vendendo máquinas de raspadinha. Sim, aquela bebidinha para crianças, groselha e leite condensado.

-Sabe aquela propaganda da raspadinha??? O cara era ex-namorado da Pomba.

-Sério, Pomba?

-Sim, e além de ridículo ele tinha outra namorada. Sim, eu sou uma troxa.

Quis apagar meu passado.


Uma vez pensei que eu podia sair ilesa do estigma de ter ficado com um boleiro. Quanta ingenuidade! Quis dar de espertona, mas não escapei. No meio da noite descobri que as coxas torneadas eram coxas de jogador.

Me disse com orgulho que era da 178a divisão de um time do exterior. Olha eu internacional!

Mas o papo não durou muito, porque, enquanto eu fui pegar uma cerveja, o moço saiu para comer uns espetinhos durante a festa. Quando digo uns, entendam seis espetinhos seguidos. Daqueles, carne de gato, que a gente passa na farofa... Não satisfeito com os “petiscos”, ele preferiu ir jantar em algum lugar, pois SEIS espetinhos não matam a fome de ninguém, não é mesmo?!


Abandonei a carreira de tiete de comedor de espetinhos e resolvi progredir. O outro era moço inteligente, com faculdade. Era meio estranho, um pouco vesgo, mas as pessoas não o repudiavam logo de início. Esse, ao invés de seguir a profissão para a qual estudou, preferiu ser comerciante. Ser dono. Ter seu próprio negócio.

No caso, um motel.

Eu iria ser primeira dama de motel se continuasse com ele. Perdi mais uma chance!

Depois me disseram que ele virou ator... Só não sei se as tomadas eram gravadas em cenários tradicionais ou no próprio estabelecimento dele...

SEM TREMER, POR FAVOR

A primeira vez que fiquei com o Mr Alfie foi um daqueles acidentes: mirei no amigo, vocalista de uma banda, super gracinha e acertei ele! Para falar a verdade até fiquei empolgadinha, ele era uns seis anos mais velho que eu, só usava roupa preta, sempre com cara de mau, tinha piercing e tantas tatuagens que, como diz um amigo, parecia até um gibi! Enfim, era bem diferente dos carinhas que eu costumava pegar, mas ele nem deu muita moral para mim não, então ficou só nisso.

Vários anos depois, numa dessas armadilhas do destino, uma amiga minha namorava um amigo dele e nós nos reencontramos em uma balada. Eu, mamadaça para variar, fiquei super feliz em vê-lo e esbanjei simpatia. Ficamos de novo!

Dessa vez, contudo, Mr Alfie pareceu ficar encantado comigo! Pediu meu telefone e, como eu estava de férias, ligava todo dia para me chamar para ir ao cinema, para tomar sorvete, para ver eu beber cerveja (é, ele não bebe nada alcoólico!), para passear, para ver estrelas, para ficar conversando à toa...

Eu não estava muito afim de nada carnal, se é que vocês me entendem, a pegada não era aquelas coisas... Mas, graças ao meu grande poder de negação e na falta de coisa melhor para fazer, fui me enrolando cada vez mais!

Um dia, então, Mr Alfie me disse que estava tomando conta da casa de um amigo que tinha ido viajar e me chamou para ir lá assistir um filme. Tocaia total! E eu, que não sou de agitar e depois arregar, fui igual a um frango para o abate!

Mr Alfie sequer se deu ao trabalho de ligar a TV! Logo que eu cheguei já quis me mostrar a casa do amigo e acabamos parando no quarto. Blusa pra lá, cotovelada no olho, calça pra cá, esse moço começa a tremer! Gente, um calor, um quarto abafado dos infernos, tava tremendo por quê?!!

Fiquei preocupada... O moço tremia que nem vara verde! Tentei dar um chega pra lá nele, mas o bixão era um treme-treme obstinado! Perguntei então se ele estava com frio (que tosca!) e ele respondeu: Não... acho que eu tô um pouco nervoso... Meu, eu não sabia se eu ria ou se eu chorava!!!!

O cara era bem mais velho que eu!!! Tava nervoso por quê?!! Será que tava com medo de mim??? Ele que tava forçando a barra! Fiquei me sentindo o lobo-mau... Horrível! Bom, nem preciso dizer que ele foi mais rápido que o mocinho da Miss Madre, né?!!! Que falta de recurso...

Mas é claro que a bizarrice não para por ai!!! Na maior cara lavada ele, de imediato, me perguntou: Foi bom para você?! Peluamordideus, quem pergunta essas coisas?!!! Se o cara não sabe se você curtiu ou não é porque a resposta é meio óbvia, vocês não acham?!!!

Vou falar a verdade, eu não tenho a intenção de traumatizar ninguém, mas também não vou ficar mentindo para encher a bola de zé mané, não! Nessa hora não consegui segurar a risada e respondi: Já tive melhores! Qual foi a reação dele??? Achou que eu estava zoando!!!!!! Só comigo...

Depois disso brochei total... Não podia nem lembrar da cara dele, mas vai entender porque o moço apaixonou. Mr Alfie não parava de me ligar e eu comecei a "esquecer" o celular desligado! Ele não teve dúvida, começou a ligar na minha casa!

Comecei então a dar umas desculpas esfarrapadas para não sair com ele, também não adiantou, ele continuava insistindo. Essas coisas me matam... Eu não sei dar fora nos outros! Acreditem, apesar de já ter tomado todo tipo de cortada eu ainda não aprendi como se faz... Eu fico com dó e começo a tentar me convencer que eu sou muito radical, que não custa nada dar uma segunda chance para o moço se redimir...

Péssima idéia em todos os sentidos!!! Dessa vez Mr Alfie nem tremeu, mas num rolava... e, como bom homem que não sabe ler nas entrelinhas, ele entendeu a segunda tentativa como um sinal de que onde passa um boi passa toda a boiada! Ai que ele não parava! Armou para me dar um ovo de páscoa enorme, um inferno... Tive que chamar ele para "A CONVERSA".

Ai, gente, que preguiça... Eu não queria ficar com ele, mas também não despresava o cara. Não queria machucá-lo... Mas como se explica para um rapaz insistente que você não está a fim sem ofendê-lo??? Mr Alfie aceitava de um tudo para ficar perto de mim, até ser meu amiguinho! E eu e minha dó entramos em outra fria!

Não tem nada mais insuportável do que um "amiguinho" esperando você ficar bêbada para te pegar! Dá para sentir a tensão no ar, você fica que nem um rato esperando o bote da cobra! Ah, isso começou a me irritar profundamente... Poucas coisas me deixam tão puta quanto me sentir acuada. Deixei a dó de lado e chutei o balde! Não atendia nem o telefone de casa, minha irmã que se virasse para arranjar uma desculpa e quando ele conseguia me pegar na trairagem (ele era capaz de ligar de outro telefone para não ser pego na bina!) eu era super seca.

 Demorou mais de um ano, mas finalmente ele desistiu! Assim, de vez em quando ele reaparece e pergunta se eu não quero matar a saudade dos "bons" e velhos tempos! Mereço...

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O barato é louco e o processo é lento!

Ser mulher na atualidade é F***! A sociedade e você mesma se cobram de coisas que, cá entre nós, é praticamente impossível ser! Ser ao mesmo tempo linda, bem sucedida, gostosa, saudável, feliz, independente, inteligente, ter alguém pra chamar de seu, ser mãe, cozinhar, lavar, etc... AFE!
Tá bom vai, a gente abre mão de algumas coisas que dão trabalho ou que a natureza não ajudou muito, como ser linda e gostosa, mas o resto a nossa própria racionalidade exige de nós: que sejamos seres que beirem a perfeição!

Embora já tenhamos passado por 'muitas e boas' (vide histórias do nosso blog que não me deixa mentir), e a nossa racionalidade teime em dizer que não existe (aqui é onde as sirenes vermelhas piscam loucamente!), uma coisa é fato: Temos dificuldade de abrir mão da busca incessante da 'tampinha da nossa panela' - e olha que eu estou sendo humilde, "tampinha" da panela!

Nessa busca, a gente vai abrindo as portas da percepção, ampliamos o nosso campo de visão, quebramos preconceitos! Quase todos os homens tornam-se seres possíveis! E então começamos a paquerar em todos os lugares imagináveis e, até uns anos atrás, inimagináveis. Particularmente comecei a paquerar em vários lugares, no metrô, na padaria, no elevador, nas obras civis (pra não falar pedreiro), no trânsito, etc... e aí entra a minha história de hoje. Arrumei um paquera no trânsito!

Parada na avenida, eis que um carro cheio de mulheres sente o cheiro de um carro cheio de homens. Vou mais devagar e logo é iniciada a paquera de fato. Inicialmente paquerei um, mas foi o outro que me paquerou (olha o dedo torto ai gente!). Tudo bem, ele também era interessante. Enquanto andávamos e parávamos, graças ao trânsito de São Paulo, foi possível pegar o telefone do também gatinho e ligar chegando em casa.
Mr. L. era um cara legal, cheio de qualidades e mais vivido (quero dizer que com 10 primaveras a mais do que eu). Achei ótimo, estou cansada de MULEQUES! É o tipo do cara que você conhece e logo pensa: esse é uma perfeita tampinha pra minha panela. Não ganha muito mas se vira bem na vida, surfista, gato, conversa de tudo, trepa bem, é engraçado, carinhoso, atencioso, etc etc etc

MAS, assim perfeito também não dá né gente?! Claro que não aguentei e tive entrar com o pé e ele com a bunda, obviamente nesse raro caso.

Eis o meu dilema, parece que gosto dos safados! E gente, somos mulheres modernas e por isso muito racionais. Só que o racional não desperta borboletas na barriga, não movimenta! Não procuro os safados, pelo menos não racionalmente, mas me atraio por eles! É uma grande merda ser assim, não gosto de ser assim, mas adoro o sentimento que tenho quando o safado também se atrai por mim! Mesmo que dure pouco, é pura adrenalina!
E o dilema é que apesar de me atrair por safados, ainda não consegui desmistificar o Mr. Tampinha da Panela, e então continuo a minha busca por ele em todos os lugares....
Se eu aguentaria esse Mr. T.P.??? Não sei, mas quero muito encará-lo pra contar depois! Porque eu achei vários Mr. T.P., mas eles também cairam por terra com a intimidade, com o tempo, com a perfeição... Um verdadeiro simulacro de quebrar a cara!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Conto de verão nº 2: Bandeira Branca

Gente, ainda estou atormentada pela história de ontem da Miss Ana! Como é possível duas pessoas viverem juntas a mesma coisa e para uma ela significar 33 anos de espera por um reencontro enquanto a outra nem se lembra?!!

Lembrei então que senti esse mesmo tormento quando assisti nos "Contos da Madrugada", da TV Cultura a interpretação desse conto do Luís Fernando Verissimo que transcrevo aqui embaixo para vocês. É lindo! De arrepiar e deixar os olhos marejados. Eu acho!:

Conto de verão nº 2: Bandeira Branca

Ele: tirolês. Ela: odalisca; Eram de culturas muito diferentes, não podia dar certo. Mas tinham só quatro anos e se entenderam. No mundo dos quatro anos todos se entendem, de um jeito ou de outro. Em vez de dançarem, pularem e entrarem no cordão, resistiram a todos os apelos desesperados das mães e ficaram sentados no chão, fazendo um montinho de confete, serpentina e poeira, até serem arrastados para casa, sob ameaças de jamais serem levados a outro baile de Carnaval.
Encontraram-se de novo no baile infantil do clube, no ano seguinte. Ele com o mesmo tirolês, agora apertado nos fundilhos, ela de egípcia. Tentaram recomeçar o montinho, mas dessa vez as mães reagiram e os dois foram obrigados a dançar, pular e entrar no cordão, sob ameaça de levarem uns tapas. Passaram o tempo todo de mãos dadas. Só no terceiro Carnaval se falaram.- Como é teu nome?
- Janice. E o teu?
- Píndaro.
- O quê?!
- Píndaro.
- Que nome!
Ele de legionário romano, ela de índia americana.
Só no sétimo baile (pirata, chinesa) desvendaram o mistério de só se encontrarem no Carnaval e nunca se encontrarem no clube, no resto do ano. Ela morava no interior, vinha visitar uma tia no Carnaval, a tia é que era sócia.
- Ah.
Foi o ano em que ele preferiu ficar com a sua turma tentando encher a boca das meninas de confete, e ela ficou na mesa, brigando com a mãe, se recusando a brincar, o queixo enterrado na gola alta do vestido de imperadora. Mas quase no fim do baile, na hora do Bandeira Branca, ele veio e a puxou pelo braço, e os dois foram para o meio do salão, abraçados. E, quando se despediram, ela o beijou na face, disse -Até o Carnaval que vem- e saiu correndo.
No baile do ano em que fizeram 13 anos, pela primeira vez as fantasias dos dois combinaram. Toureiro e bailarina espanhola. Formavam um casal! Beijaram-se muito, quando as mães não estavam olhando. Até na boca. Na hora da despedida, ele pediu:
- Me dá alguma coisa.
- O quê?
- Qualquer coisa.
- O leque. O leque da bailarina.
Ela diria para a mãe que o tinha perdido no salão.
No ano seguinte, ela não apareceu no baile. Ele ficou o tempo todo à procura, um havaiano desconsolado. Não sabia nem como perguntar por ela. Não conhecia a tal tia. Passara um ano inteiro pensando nela, às vezes tirando o leque do seu esconderijo para cheirá-lo, antegozando o momento de encontrá-la outra vez no baile. E ela não apareceu. Marcelão, o mau elemento da sua turma, tinha levado gim para misturar com o guaraná. Ele bebeu demais. Teve que ser carregado para casa. Acordou na sua cama sem lençol, que estava sendo lavado. O que acontecera?
- Você vomitou a alma – disse a mãe.
Era exatamente como se sentia. Como alguém que vomitara a alma e nunca a teria de volta. Nunca. Nem o leque tinha mais o cheiro dela.
Mas, no ano seguinte, ele foi ao baile dos adultos no clube – e lá estava ela! Quinze anos. Uma moça. Peitos, tudo. Uma fantasia indefinida.
- Sei lá. Bávara tropical – disse ela, rindo.
Estava diferente. Não era só o corpo. Menos tímida, o riso mais alto. Contou que faltara no ano anterior porque a avó morrera, logo no Carnaval.
- E aquela bailarina espanhola? – Nem me fala. E o toureiro? – Aposentado.
A fantasia dele era de nada. Camisa florida, bermuda, finalmente um brasileiro. Ela estava com um grupo. Primos, amigos dos primos. Todos vagamente bávaros. Quando ela o apresentou ao grupo, alguém disse -Píndaro?!- e todos caíram na risada. Ele viu que ela estava rindo também. Deu uma desculpa e afastou-se. Foi procurar o Marcelão. O Marcelão anunciara que levaria várias garrafas presas nas pernas, escondidas sob as calças da fantasia de sultão. O Marcelão tinha o que ele precisava para encher o buraco deixado pela alma. Quinze anos, pensou ele, e já estou perdendo todas as ilusões da vida, começando pelo Carnaval. Não devo chegar aos 30, pelo menos não inteiro. Passou todo o baile encostado numa coluna adornada, bebendo o guaraná clandestino do Marcelão, vendo ela passar abraçada com uma sucessão de primos e amigos de primos, principalmente um halterofilista, certamente burro, talvez até criminoso, que reduzira sua fantasia a um par de calças curtas de couro. Pensou em dizer alguma coisa, mas só o que lhe ocorreu dizer foi -pelo menos o meu tirolês era autêntico- e desistiu. Mas, quando a banda começou a tocar Bandeira Branca e ele se dirigiu para a saída, tonto e amargurado, sentiu que alguém o pegava pela mão, virou-se e era ela. Era ela, meu Deus, puxando-o para o salão. Ela enlaçando-o com os dois braços para dançarem assim, ela dizendo -não vale, você cresceu mais do que eu- e encostando a cabeça no seu ombro. Ela encostando a cabeça no seu ombro.
Encontraram-se de novo 15 anos depois. Aliás, neste Carnaval. Por acaso, num aeroporto. Ela desembarcando, a caminho do interior, para visitar a mãe. Ele embarcando para encontrar os filhos no Rio. Ela disse -quase não reconheci você sem fantasias-. Ele custou a reconhecê-la. Ela estava gorda, nunca a reconheceria, muito menos de bailarina espanhola. A última coisa que ele lhe dissera fora -preciso te dizer uma coisa-, e ela dissera -no Carnaval que vem, no Carnaval que vem- e no Carnaval seguinte ela não aparecera, ela nunca mais aparecera. Explicou que o pai tinha sido transferido para outro estado, sabe como é, Banco do Brasil, e como ela não tinha o endereço dele, como não sabia nem o sobrenome dele e, mesmo, não teria onde tomar nota na fantasia de falsa bávara-
- O que você ia me dizer, no outro Carnaval? – perguntou ela. – Esqueci – mentiu ele.
Trocaram informações. Os dois casaram, mas ele já se separou. Os filhos dele moram no Rio, com a mãe. Ela, o marido e a filha moram em Curitiba, o marido também é do Banco do Brasil- E a todas essas ele pensando: digo ou não digo que aquele foi o momento mais feliz da minha vida, Bandeira Branca, a cabeça dela no meu ombro, e que todo o resto da minha vida será apenas o resto da minha vida? E ela pensando: como é mesmo o nome dele? Péricles. Será Péricles? Ele: digo ou não digo que não cheguei mesmo inteiro aos 30, e que ainda tenho o leque? Ela: Petrarco. Pôncio. Ptolomeu

terça-feira, 5 de abril de 2011

Dividindo o lenço

Gente, estou CHO-CA-DA!!!! Nós temos que chamar essa Miss Ana que apareceu na Hebe para fazer parte do blog!!! Ela passou 33 (TRINTA E TRÊS) ANOS obcecada para reencontrar o Mr Severino (eu não estou zuando, o nome dele é esse mesmo!).

Juntou dinheiro e veio lá do Pará para encontrar o Mr Severino em São Paulo e ele, para começar, nem lembrava da coitada! Depois, a segunda surpresa: ele foi ordenado PADRE a 15 anos!!!

Vcs acham que ela se abateu?!!! Nãããooooo, ela é uma de nós!!! Riu da história falando que pelo menos foi para Deus que ela perdeu e não para outra mulher!!!

Para consolá-la a Hebe levou o ídolo dela ao programa: o Amado Batista!!!

Meu lenço é da Miss Ana!!!!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

LARGA O CALDEIRÃO, SEVERINA

Eu sei, eu sei... Vocês estão pensando: "Lá vem ela de novo! Será que as bizarrices dessa coitada não tem fim?!" Olha gente, tá difícil! Do jeito que a coisa anda então... Vai longe!

De todas as histórias que eu tenho, a única que ainda não me sinto preparada para contar é a do meu primeiro trastenamorado (o que eu chifrei "sem querer" com o mocinho famoso da regata marrom, lembram?!). Não sei, não consigo achar graça no que aconteceu... A lembrança mais forte ainda é o sofrimento. E não estou falando em coração partido não! Estou falando de incessante dor física e mental.

O traste era meu amigo, em certo ponto, meu melhor amigo. Mas eu gostava dele, me apaixonei por ele à primeira vista e então teimei, teimei, teimei até que ele virou meu namorado. É irônico... na vida, as vezes, é quando a gente acha que ganhou que na verdade perdemos. Não tinha como dar certo...

Foi em uma madrugada de desespero, depois de mais uma briga horrorosa com o traste, que liguei para o meu pai em busca de consolo e ele, muito fofo, reconhecendo em mim a teimosia hereditária, me contou, com toda paciência que lhe é peculiar, a história do urso:

"Uma vez uns caçadores montaram acampamento na floresta e, quando saíram para caçar, deixaram uma sopa cozinhando para comerem na hora que voltassem. O cheiro da sopa era delicioso e um urso logo quis experimentar o que tinha ali. Mas ele era urso e não sabia que o caldeirão da sopa deveria estar muito quente, então ele foi até a fogueira e abraçou o caldeirão. O caldeirão começou a queimá-lo, mas ele tinha tanta vontade de comer aquela sopa que quanto mais ardia mais ele apertava o caldeirão. Os caçadores, de longe, ouviram os gemidos de dor do urso e correram para o acampamento, mas quando chegaram lá o urso já estava dando seus últimos suspiros. Ele queria tanto provar a sopa que acabou morrendo abraçado ao caldeirão." E continuou: Você, filha, é uma menina inteligente, não é como o urso. Você tem que soltar o caldeirão, porque ele está te matando.

Para ter certeza que tinha deixado tudo bem claro meu pai ainda acrescentou: Você entendeu que o caldeirão, no seu caso, é o traste, né?!

Eu tinha entendido! Minha irmã entendeu, minhas amigas entenderam e tenho certeza que vocês também entenderam! Mas como se deixa de ser teimosa?!!! Como se abandona o otimismo e se supera a negação?!!! Pior, como se mata essa Pollyana idiota que vive dentro de cada uma de nós sempre brincando do jogo do contente?!!! Essa receita papai não deu!

Eu francamente não sei o que me move... Até hoje eu também prefiro deixar o osso apodrecendo na boca a largá-lo para alguma vira-lata pegar! Deve ser algum tipo de instinto territorialista primitivo ou um prazer sádico subconsciente, sei lá...

O que eu sei é que muitas vezes tive inveja do urso... Ele, pelo menos, tem a seu favor o fato de ser irracional, eu não!